Em Copenhague você pode ser sentir, por um momento, num reino de fantasia e sonho.
Por Marco Lacerda*
Reis, rainhas, princesas e contos de fada. Só que não tem nada da fantasia hollywoodiana dos parques americanos da Disney. Em Copenhague, os castelos são reais e deslumbrantes. Ver a troca de guarda em Amalienborg ou conhecer toda a história da família real dinamarquesa, cheia de joias e coroas, no Rosenborg Slot, faz a gente se sentir como um membro da realeza.
Na mesma cidade, está a estátua da Pequena Sereia, um dos contos mais famosos de Hans Christian Andersen, o que deixa a capital dinamarquesa com um toque ainda maior de fantasia. Quem, aliás, vive em um universo paralelo são os moradores de Cristiania, o bairro hippie da cidade, que tenta sobreviver como uma sociedade alternativa. E para quem quiser ter uma ideia da origem da cidade - que surgiu como um porto - misturada com um toque de modernidade, o lugar certo é Nyhavn e suas casas antigas e restaurantes sofisticados.
Muitos historiadores acreditam que a cidade remonta à era Viking, quando já existia um vilarejo de pescadores de nome "Havn" (porto) no local. A partir de meados do século XII, a vila cresceu em importância após passar às mãos do Arcebispo Absalão, que a fortificou em 1167, ano tradicionalmente mencionado com o da fundação de Copenhague.
A cidade foi ocupada por tropas alemãs entre abril de 1940 e maio de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, juntamente com o restante do país. Copenhaga expandiu-se consideravelmente após a guerra.
Informações úteis
Copenhague é servida pelo Aeroporto Internacional Kastrup. Este terminal é o principal hub da companhia escandinava SAS, também sendo servida por uma série de linhas internacionais, inclusive as de baixo custo. Uma alternativa interessante é tomar um voo para Malmö, na Suécia. Sim, é isso mesmo. Esta cidade fica a apenas 40 minutos do centro de Copenhague, do outro lado do estreito de Oresund, e pode ter diferentes possibilidades de horários, destinos e companhias. Kastrup é ligado ao centro de Copenhague por bonde e metrô, em uma curta viagem que não leva 15 minutos.
Copenhague está diretamente ligada por trem a diversas cidades dinamarquesas sob o serviço da DSB. Para a vizinha Suécia, vindo de Malmö (30 minutos) ou Estocolmo, as composições estão a cargo tanto da DSB como da sueca SJ.
A capital da Dinamarca também é acessível para quem está um pouco mais longe. Há trens de longa distância, muitos noturnos, que seguem via Hamburgo vindos de Amsterdã (11h10 de viagem), Berlim (6h50) e Munique (11h10). As composições são operadas ou reservadas pela DB .
Copenhague é bem servida por um sistema de transportes públicos que inclui ônibus, metrô (2 linhas disponíveis), trem e bondes (S-tog, com sete linhas). Os bilhetes são cobrados pela distância percorrida, sob o sistema de zonas, 9 no total. O site Rejseplanen (www.rejseplanen.dk) é uma ótima ferramenta para programar seus itinerários, com horários, tarifa e modalidade.
Por décadas, séculos até, a gastronomia dinamarquesa foi marcada pela frugalidade. O uso intensivo de ingredientes sazonais, carnes, pescados e laticínios sempre foi a marca registrada do cenário local. A combinação destes produtos é encontrada em vários bons bistrôs, restaurantes despretensiosos e lanchonetes que servem deliciosos sanduíches abertos, os smørrebrød. Comidinhas simples e universais, como pizza, churrasquinho grego, hot dogs e hambúrgueres estão disponíveis em quiosques espalhados pelo centro, sempre convenientemente próximos às principais atrações.
No entanto, se quiser tornar sua passagem por Copenhague realmente inesquecível, considere fazer uma reserva no que é aclamado "o melhor restaurante do mundo". O Noma, do chef René Redzepi, é a ponta de lança da chamada nova cozinha nórdica e é incontestavelmente o mais notável das casas da cidade. Entre na fila de espera para uma mesa disponível e reserve cerca de 1500 DKK para um menu de diversificado. Outros endereços que valem a visita são o Formel B, o Relae e o Geranium.
"Um pouco de Copenhague". Veja o vídeo.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e editor-especial do Domtotal
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