'A magia de Chambi pulsa em suas fotografias', escreveu Vargas Llosa.
Instituto Moreira Salles exibe mais de 110 imagens e postais do fotógrafo.
O peruano Martín Chambi nasceu em 1891 num povoado chamado Coasa, na província de Carabaya, departamento de Puno, próximo ao lago Titicaca. Não à toa, é o fotógrafo que se tornou símbolo do povo de língua quéchua, dando voz à estranha melancolia do homem andino. E a partir desta quinta-feira (2), mais de 110 de suas fotos e postais estarão expostos em São Paulo.
A exposição "Face andina – Fotografias de Martín Chambi no acervo do Instituto Moreira Salles" traz 88 fotografias e 23 postais com os principais temas de sua documentação do Peru, como retratos de estúdio, paisagens e cenas do ambiente urbano e rural de Cusco, Arequipa e Puno entre as décadas de 1910 e 1960.
Vida e obra
O primeiro trabalho de Chambi foi como assistente de fotógrafo na Mineradora Santo Domingo, na cidade de Cambaya, ainda jovem quando seus pais se mudaram impulsionados pelo ciclo do ouro na região. Depois em Arequipa, em 1908, teve como mestre Max T. Vargas, célebre fotógrafo local, com quem trabalhou até montar seu próprio estúdio, em Sicuani.
Pioneiro na publicação de cartões-postais no país, ele também se dedicou a registrar a população nativa, principalmente as etnias Quéchua e Aymará, com uma abordagem diferente da recorrente à época. Registrou a humildade da vida andina sem desrespeitá-la, tornando seu trabalho reconhecido mundialmente, tanto pelo caráter etnográfico quanto pelo aspecto artístico.
O primeiro trabalho de Chambi foi como assistente de fotógrafo na Mineradora Santo Domingo, na cidade de Cambaya, ainda jovem quando seus pais se mudaram impulsionados pelo ciclo do ouro na região. Depois em Arequipa, em 1908, teve como mestre Max T. Vargas, célebre fotógrafo local, com quem trabalhou até montar seu próprio estúdio, em Sicuani.
Pioneiro na publicação de cartões-postais no país, ele também se dedicou a registrar a população nativa, principalmente as etnias Quéchua e Aymará, com uma abordagem diferente da recorrente à época. Registrou a humildade da vida andina sem desrespeitá-la, tornando seu trabalho reconhecido mundialmente, tanto pelo caráter etnográfico quanto pelo aspecto artístico.
Martín Chambi foi um dos primeiros a fotografar Machu Picchu, descoberta em 1911, e ficou também conhecido como fotojornalista, tendo trabalhado nos jornais locais de Cusco. Teve também fotos publicadas em outros países, como no jornal argentino "La Nación" e na revista "National Geographic".
“A magia de Chambi pulsa em suas fotografias,”, escreveu Mario Vargas Llosa. “Meu povo fala por meio das minhas fotografias”, foi de certa forma a "resposta" de Chambi à fala de Llosa quando escreveu para uma exposição sua em Santiago e Viña del Mar, no Chile, em 1936.
Face Andina
A partir desta quinta-feira (2), até 2 de fevereiro de 2015
Horário: de terça a sexta, das 13h às 19h. Sábado, domingo e feriados, das 13h às 18h
Entrada franca
Endereço: Instituto Moreira Salles – Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
A partir desta quinta-feira (2), até 2 de fevereiro de 2015
Horário: de terça a sexta, das 13h às 19h. Sábado, domingo e feriados, das 13h às 18h
Entrada franca
Endereço: Instituto Moreira Salles – Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
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