Eles viajarão de vários pontos do país até local onde jovens estudavam.
Caravanas percorrerão sete estados do país.
Os pais dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos em setembro iniciam nesta quinta-feira (13) caravanas para exigir das autoridades notícias sobre o paradeiro de seus filhos, rejeitando a investigação oficial que indica que eles foram assassinados.
A chamada Caravana Brigada Nacional dos 43 Desaparecidos se dividirá em três partes, que partirão para vários pontos do país a partir do centro de formação de professores onde estudavam os jovens desaparecidos em Ayotzinapa, (Guerrero, sul), informaram as famílias das vítimas.
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"Está acesa a chama da insurgência civil", afirmou, quase sem voz, Felipe de la Cruz, um dos pais, explicando que o objetivo das caravanas é exigir que o governo dê uma resposta ao desaparecimento de seus filhos.
As caravanas percorrerão sete estados do país, entre eles Chihuahua, fronteira com os Estados Unidos, e Chiapas, fronteira com a Guatemala, e terminarão seu percurso na Cidade do México, em 20 de novembro.
A organização destas caravanas acontece em meio a uma série de protestos registrados desde que, na sexta-feira passada, a promotoria informou que, segundo traficantes presos, os 43 jovens teriam sido assassinados, e seus corpos incinerados e jogados em um rio após terem sido baleados por policiais em 26 de setembro.
Os disparos contra os estudantes teria sido ordenado pelo agora ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, já detido.
O caso teve repercussões políticas no país. Em 23 de outubro, o então governador de Guerrero, Ángel Aguirre, renunciou ao cargo e na quarta-feira o procurador estatal, Iñaky Blanco, formalizou sua renúncia ante o Congresso.
Na noite de quarta-feira, cerca de 500 professores e estudantes invadiram a Assembleia Legislativa Guerrero e atearam fogo ao plenário e à biblioteca, além de incendiarem cinco veículos.
Depois de já terem queimado outro prédio do governo, os ativistas destruíram os gabinetes dos deputados. Em seguida, dirigiram-se para a residência do governador de Guerrero.
Os professores fazem parte de uma corrente radical do sindicato nacional e, no ano passado, já haviam feito violentos protestos contra a reforma educacional. Sedes de partidos políticos no estado foram incendiadas.
Apesar dos protestos, o governo, através do subsecretário das Relações Exteriores mexicano, Juan Manuel Gómez Robledo, rebateu as críticas de que as autoridades responderam de forma tardia a esta crise.
Ele afirmou ainda que o caso terá uma investigação conduzida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)
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