quinta-feira, 12 de março de 2015

Peru contrata advogados para ação judicial contra a ONG Greenpeace

Organização realizou protesto nas Linhas de Nazca em dezembro passado.
Região é protegida por lei por conter geoglifos milenares.

Da EFE

 Foto mostra ativistas ao redor de faixa estendida perto das Linhas de Nazca, no Peru (Foto: Thomas Reinecke/Greenpeace)Foto mostra ativistas ao redor de faixa estendida perto das Linhas de Nazca, no Peru, em dezembro passado, durante manifestação pelo clima (Foto: Thomas Reinecke/Greenpeace)
O governo do Peru dará início a ações legais contra a organização ambiental Greenpece pelos danos causados na zona arqueológica das Linhas de Nazca, durante um ato do grupo em 2014, anunciou a ministra de Cultura, Diana Álvarez-Calderón.
Os ativistas foram até a zona do monumento para colocar um enorme cartaz ao lado do geoglifo do Colibri, dirigido aos líderes políticos reunidos em Lima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20).
Após apresentar na cidade de Arequipa o programa de atividades em homenagem ao bicentenário da morte do poeta Mariano Melgar, ela declarou à imprensa local que o órgão contratou um estudo internacional de advogados para elaborar uma estratégia a ser seguida contra o Greenpeace.
"O patrimônio peruano é enorme e temos a lei para protegê-lo. Queremos que se cumpra e, se alguém o afeta, que responda por isso", disse.
As linhas de Nasca têm mais de 2.000 anos de antiguidade, com figuras geométricas e de animais, que só podem ser contempladas do alto. Seu significado real é um enigma. Alguns cientistas as consideram um observatório astronômico, outros, um calendário.
Extradição
A Corte Suprema de Justiça do Peru declarou procedente em 26 de fevereiro a solicitação de extradição do ativista argentino Mauro Fernández, acusado de participação na ação do Greenpeace que danificou o geoglifo do Colibri em 8 de dezembro.
Fernández tem ordem de prisão preventiva do Primeiro Juizado de Investigação Preparatória de Nazca, ao sul de Lima, pela suposta participação no crime contra o patrimônio, na modalidade de atentado contra monumentos arqueológicos.
A ministra disse que acredita que o processo de extradição não deva ser demorado, e indicou que agora o Poder Judiciário argentino deve verificar "as sanções que se encaixam" entre os códigos e ordenamentos penais de ambos os países.
Além de Mauro Fernández, foram denunciados o colombiano Herbert Augusto Villarraga Salgado e o argentino Rodrigo Miguel Abd, fotógrafo da "Associated Press", agência de notícias que alega que seu trabalho era de cobertura jornalística quando foi à região protegida
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