É no silêncio e na oração que surgem as ideias mais fecundas.
Havia, na antiguidade, um rei muito generoso e piedoso, que todos os dias distribuía alimentos aos necessitados. Entretanto, seus estoques nunca terminavam. Onde estaria o segredo?
Sabia-se que, antes de atender seus pobres, ele entrava em um quarto e ali permanecia durante uma hora. Ninguém entrava nesse quarto e ninguém sabia o que havia lá dentro e o que o rei fazia.
Quando ficou velho, resolveu passar para o filho sua obra caritativa. Mas antes, para experimentá-lo, entrou com ele no quarto secreto e disse:
- Meu filho, você vai ficar sozinho aqui, nesta noite. Procure planejar alguma coisa a respeito deste quarto. Amanhã interrogá-lo-ei.
O rapaz ficou sozinho dentro do quarto. Não pensou em nada. No dia seguinte, disse ao pai que apenas sentiu medo e pavor.
O pai mandou-o passar mais uma noite fechado naquele quarto. No dia seguinte, disse ao pai:
- Fiquei pensando como que se poderia encher esse quarto.
O pai pediu que ele ficasse mais uma noite. Após a terceira noite, o filho falou:
- Papai, rezei, meditei e dormi profundamente.
- Agora sim, disse o pai, satisfeito. Você descobriu o segredo do quarto. Venha comigo e me ajude a repartir os donativos.
Após a morte do pai, o jovem rei continuou seguindo o mesmo ritual: Antes de repartir as doações, fechava-se no quarto, rezando e meditando. Só depois atendia os pobres. Por isso os estoques de alimentos nunca tiveram fim.
É no silêncio e na oração que surgem as ideias mais fecundas.
“Feliz quem ama a Lei do Senhor e nela medita dia e noite” (Sl 1,2). “Senhor, eu me deito em paz e adormeço, porque só tu fazes repousar com segurança” (Sl 4,9).
A12, 21-03-2015.
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