Hoje em dia, as bibliotecas holandesas têm mais associados jovens.
Por Lev Chaim*
Fui levar a filha de um casal amigo à biblioteca municipal, aqui perto de onde moro. Enquanto ela fazia seus trabalhos com as coleguinhas, fiquei fuçando aqui e ali. A primeira coisa que notei é que haviam mais crianças que adultos. Os adultos presentes, em sua maioria, eram funcionários da biblioteca.
Ao puxar conversa com uma das recepcionistas, ela confirmou a minha conclusão. E isto acontecia na maioria das horas em que a biblioteca estivesse aberta. Ela me entregou alguns dados disponíveis do Órgão Central de Estatísticas da Holanda, sobre o assunto. Peguei uma cadeira, sentei-me e comecei a dar uma olhada.
Hoje em dia, as bibliotecas holandesas têm mais associados jovens, abaixo dos 18, do que adultos. Em 2000, elas tinham cerca de 2 milhões de associados jovens e atualmente já somam 2,2 milhões, portanto, uma curva ascendente. Mas nem bem a notícia boa foi digerida, pude ler outra coisa preocupante: o número de livros emprestados caiu drasticamente e continua caindo.
Então, o que fazem estes jovens na biblioteca? Na verdade, a biblioteca virou um ponto de encontro para fazer a tarefa de casa, pesquisar em alguns livros e usar o recinto porque é calmo e não se dispersa, pois o celular tem que ser entregue na recepção.
Na verdade, este aumento do número de jovens associados se deve a uma campanha das autoridades do país para estimular jovens leitores. Esta recebeu o nome de ‘Bookstart’(início ao livro). Na Holanda hoje em dia, quando o bebê já atinge os três meses de vida, os pais já recebem uma carteirinha de sócio da biblioteca no nome da criança e uma malinha com livros. Isto é para que os pais comecem, o mais cedo possível, a ler histórias para eles.
Portanto, esses jovens, que hoje estão fazendo seus deveres de casa na biblioteca, já se tornaram membros da mesma quando tinham três meses de vida. Tudo grátis e a adesão à campanha foi um sucesso. Além do que, muitos professores universitários, descobriram que quanto mais cedo os pais começarem a ler para os filhos, melhores se tornam os seus desempenhos com a língua, quando atingem os seus dois anos de idade.
Além do que, os jovens percebem que se eles não sabem ler direito, não vão poder tão cedo dominar a linguagem da internet, que exige uma habilidade de leitura. Muitas bibliotecas do país, com a ajuda de subsídios oficiais, estão também dando cursos de como ler, por exemplo, os sites de horários dos transportes públicos. Isto, além de outras coisas é claro.
Admiro esta luta de foice das bibliotecas holandesas pela sobrevivência nesta era digital. E a boa nova de que os jovens, de uma forma ou de outra, estejam já frequentando uma biblioteca pública, deixou-me feliz. Quando comentei isto com a recepcionista, ela, um pouco séria, disse o que achava de tudo isto: “Quando é grátis, todos querem”.
Ai, pensei comigo mesmo: porque não, já que o governo está preocupado com o futuro dos jovens do país. E tem mais. Apesar deste aumento significativo de jovens frequentando as bibliotecas holandesas, o número de livros ali emprestados diminuiu 30% desde 2005: os jovens pegam ali, em média, 23 livros ao ano e os adultos 18.
Constata-se que os adultos de hoje, apesar de terem aceito a carteirinha de sócio da biblioteca para os seus filhos, o que foi muito bom, não estão cooperando, já que sabem muito bem que o exemplo é o melhor conselheiro para uma criança.
Fui levar a filha de um casal amigo à biblioteca municipal, aqui perto de onde moro. Enquanto ela fazia seus trabalhos com as coleguinhas, fiquei fuçando aqui e ali. A primeira coisa que notei é que haviam mais crianças que adultos. Os adultos presentes, em sua maioria, eram funcionários da biblioteca.
Ao puxar conversa com uma das recepcionistas, ela confirmou a minha conclusão. E isto acontecia na maioria das horas em que a biblioteca estivesse aberta. Ela me entregou alguns dados disponíveis do Órgão Central de Estatísticas da Holanda, sobre o assunto. Peguei uma cadeira, sentei-me e comecei a dar uma olhada.
Hoje em dia, as bibliotecas holandesas têm mais associados jovens, abaixo dos 18, do que adultos. Em 2000, elas tinham cerca de 2 milhões de associados jovens e atualmente já somam 2,2 milhões, portanto, uma curva ascendente. Mas nem bem a notícia boa foi digerida, pude ler outra coisa preocupante: o número de livros emprestados caiu drasticamente e continua caindo.
Então, o que fazem estes jovens na biblioteca? Na verdade, a biblioteca virou um ponto de encontro para fazer a tarefa de casa, pesquisar em alguns livros e usar o recinto porque é calmo e não se dispersa, pois o celular tem que ser entregue na recepção.
Na verdade, este aumento do número de jovens associados se deve a uma campanha das autoridades do país para estimular jovens leitores. Esta recebeu o nome de ‘Bookstart’(início ao livro). Na Holanda hoje em dia, quando o bebê já atinge os três meses de vida, os pais já recebem uma carteirinha de sócio da biblioteca no nome da criança e uma malinha com livros. Isto é para que os pais comecem, o mais cedo possível, a ler histórias para eles.
Portanto, esses jovens, que hoje estão fazendo seus deveres de casa na biblioteca, já se tornaram membros da mesma quando tinham três meses de vida. Tudo grátis e a adesão à campanha foi um sucesso. Além do que, muitos professores universitários, descobriram que quanto mais cedo os pais começarem a ler para os filhos, melhores se tornam os seus desempenhos com a língua, quando atingem os seus dois anos de idade.
Além do que, os jovens percebem que se eles não sabem ler direito, não vão poder tão cedo dominar a linguagem da internet, que exige uma habilidade de leitura. Muitas bibliotecas do país, com a ajuda de subsídios oficiais, estão também dando cursos de como ler, por exemplo, os sites de horários dos transportes públicos. Isto, além de outras coisas é claro.
Admiro esta luta de foice das bibliotecas holandesas pela sobrevivência nesta era digital. E a boa nova de que os jovens, de uma forma ou de outra, estejam já frequentando uma biblioteca pública, deixou-me feliz. Quando comentei isto com a recepcionista, ela, um pouco séria, disse o que achava de tudo isto: “Quando é grátis, todos querem”.
Ai, pensei comigo mesmo: porque não, já que o governo está preocupado com o futuro dos jovens do país. E tem mais. Apesar deste aumento significativo de jovens frequentando as bibliotecas holandesas, o número de livros ali emprestados diminuiu 30% desde 2005: os jovens pegam ali, em média, 23 livros ao ano e os adultos 18.
Constata-se que os adultos de hoje, apesar de terem aceito a carteirinha de sócio da biblioteca para os seus filhos, o que foi muito bom, não estão cooperando, já que sabem muito bem que o exemplo é o melhor conselheiro para uma criança.
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