terça-feira, 20 de outubro de 2015

Emissões de gás: líderes pedem precificação

Hollande, Merkel e Bachelet pedem aumento de custo a poluidores.
Líderes mundiais, como François Hollande, Angela Merkel e Michelle Bachelet, pediram em um documento, nesta segunda-feira (19), que se estabeleça um preço às emissões de carbono, a fim de aumentar o custo das atividades poluentes e conter o aquecimento global.
"Se realmente queremos enviar um sinal aos mercados para que as empresas possam tomar suas decisões nas melhores condições econômicas (...), surge inevitavelmente a questão dos preços do carbono", declarou o presidente francês, François Hollande, a seis semanas da COP21, a conferência do clima que neste ano será realizada em Paris.
"As tecnologias de baixas emissões de carbono são parte da luta mundial contra as mudanças climática. Se tivermos um preço para o carbono e um mercado mundial de carbono, estaremos apoiando o investimento em tecnologias que respeitam o clima", acrescentou a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a iniciativa coordenada pelo Banco Mundial (BM) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com o documento, assinado também pela presidente chilena Michelle Bachelet e pelo filipino Benigno Aquino, colocar preço nas emissões permitiria "reorientar" a economia mundial na direção de fontes de energia mais limpas, limitando o aquecimento global.
O texto não trata, contudo, de dois grandes temas vinculados ao preço do carbono: um sistema de cotas de emissões de CO2 (como o que está atualmente em vigor na Europa) e um imposto sobre o carbono.
Recentemente, o FMI declarou-se a favor dessa última opção, apesar das reticências da comunidade empresarial.
Segundo o BM, cerca de quarenta países e 23 cidades já estabeleceram um sistema de preços de carbono ou estão dispostos a fazê-lo.
AFP

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