Novos fotógrafos latinos misturam história, raiz, cultura e personalidade.
Por Marco Lacerda*
A diversidade fotográfica que se atribui o rótulo de fotojornalismo é tamanha que leva a considerar as fotografias jornalísticas como sendo aquelas que possuem "valor jornalístico" e que são usadas para transmitir informação útil em conjunto com o texto ao qual estão associadas.
O fotojornalismo é, na realidade, uma atividade sem fronteiras claramente delimitadas. O termo pode abranger desde as fotografias noticiosas, de grandes projetos documentais, passando pelas ilustrações fotográficas e pelos features (imagens de situações peculiares com as quais o fotógrafo depara). De qualquer modo, como nos restantes tipos de jornalismo, a finalidade primeira do fotojornalismo, entendido sem maiores delongas, é informar.
Durante a entrega dos prêmios World Press, realizada em Amsterdã recentemente, deixou claro o surgimento de uma nova geração de repórteres fotográficos na região. Os recentes vencedores do Prêmio Pulitzer são outra demonstração disso. “A fotografia latinoamericana vive um grande momento, sobretudo na cobertura de zonas de guerra”, diz Sig Gissler, um dos promotores do World Press Photo. “Trata-se de uma ‘raça’ de fotojornalistas que arriscam a vida a cada minuto”.
Cara a cara com a morte
Enric Martí, editor da Associated Press na América Latina, diz por telefone do seu escritório na Cidade do México: “Existe, sim, um modo de olhar latino e isto afeta o resultado final do trabalho”. O mexicano Narciso Contreras e o argentino Rodrigo Abd, ambos ganhadores do Pulitzer, são dois expoentes do ramo, assim como os chilenos Walter Astrada e Luis Hidalgo, a venezuelana Ariana Cubillas e a peruana Pilar Olivares.
Os autores das imagens muitas vezes chocantes que podem ser vistas nesta página são exemplos da triunfante trajetória dos fotógrafos latinos. Sucessores de pioneiros do gênero como os mexicanos Manuel Álvarez Bravo e Graciela Iturbide, o espanhol Enrique Meneses e o peruano Martín Chambi – todos compartilham a origem íberoamericana, além da garra que muitas vezes os põe cara a cara com a morte, contando apenas com o talento e os avanços tecnológicos que há uma década seriam impensáveis. As imagens produzidas por esses gênios são uma mescla de história, raiz, cultura, personalidade.
O argentino Rodrigo Abd é uma tradução completa dessa tendência: “Antes aprendíamos com os fotógrafos do primeiro mundo. Hoje, muitos de nós temos a sorte de cobrir grandes conflitos internacionais e depois levar nosso olhar até os olhos do nosso continente”.
O fotojornalismo é, na realidade, uma atividade sem fronteiras claramente delimitadas. O termo pode abranger desde as fotografias noticiosas, de grandes projetos documentais, passando pelas ilustrações fotográficas e pelos features (imagens de situações peculiares com as quais o fotógrafo depara). De qualquer modo, como nos restantes tipos de jornalismo, a finalidade primeira do fotojornalismo, entendido sem maiores delongas, é informar.
Durante a entrega dos prêmios World Press, realizada em Amsterdã recentemente, deixou claro o surgimento de uma nova geração de repórteres fotográficos na região. Os recentes vencedores do Prêmio Pulitzer são outra demonstração disso. “A fotografia latinoamericana vive um grande momento, sobretudo na cobertura de zonas de guerra”, diz Sig Gissler, um dos promotores do World Press Photo. “Trata-se de uma ‘raça’ de fotojornalistas que arriscam a vida a cada minuto”.
Cara a cara com a morte
Enric Martí, editor da Associated Press na América Latina, diz por telefone do seu escritório na Cidade do México: “Existe, sim, um modo de olhar latino e isto afeta o resultado final do trabalho”. O mexicano Narciso Contreras e o argentino Rodrigo Abd, ambos ganhadores do Pulitzer, são dois expoentes do ramo, assim como os chilenos Walter Astrada e Luis Hidalgo, a venezuelana Ariana Cubillas e a peruana Pilar Olivares.
Os autores das imagens muitas vezes chocantes que podem ser vistas nesta página são exemplos da triunfante trajetória dos fotógrafos latinos. Sucessores de pioneiros do gênero como os mexicanos Manuel Álvarez Bravo e Graciela Iturbide, o espanhol Enrique Meneses e o peruano Martín Chambi – todos compartilham a origem íberoamericana, além da garra que muitas vezes os põe cara a cara com a morte, contando apenas com o talento e os avanços tecnológicos que há uma década seriam impensáveis. As imagens produzidas por esses gênios são uma mescla de história, raiz, cultura, personalidade.
O argentino Rodrigo Abd é uma tradução completa dessa tendência: “Antes aprendíamos com os fotógrafos do primeiro mundo. Hoje, muitos de nós temos a sorte de cobrir grandes conflitos internacionais e depois levar nosso olhar até os olhos do nosso continente”.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal
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