É preciso tomar cuidado com a coceira nos olhos, alergia, astigmatismo e ceratocone.
Durante a primavera aumentam os casos de alergia ocular provocados pelos pólens das flores. Especialmente este ano, com o agravamento da falta de chuva e altas temperaturas, há um cenário bastante favorável para casos de intensa coceira nos olhos. O que muita gente não sabe é que, além de causar vermelhidão, irritação e até mesmo infecção – ao levar dedos sujos aos olhos – essa coceira pode aumentar o astigmatismo (imperfeição no formato da curvatura da córnea), impedindo a luz de entrar homogeneamente e resultando em distorções e borrões na imagem final. Em casos graves, a alteração no formato da córnea pode resultar em ceratocone – com perda acentuada da acuidade visual.
"O tratamento do astigmatismo consiste, primeiramente, em detectar que parte da curvatura da córnea está causando problemas de visão e seguir com um tratamento personalizado. Isso inclui desde o uso de lentes corretivas até cirurgia refrativa a laser. Com relação ao ceratocone, em alguns casos a doença permanece na fase mais simples, sendo tratada com o uso de óculos de grau. Já a forma mais grave pode resultar na perda da visão, com indicação de transplante de córnea. Por isso, essa doença ocular preocupa tanto e exige prevenção e diagnóstico precoce para interromper sua progressão e permitir um tratamento mais bem-sucedido", diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.
O especialista diz que o ceratocone pode ser classificado em cinco etapas: inicial, moderada e estável, moderada em evolução, avançada e avançada com opacidades (forma mais grave). Vale a pena conhecer um pouco mais do que cada tratamento oferece – lembrando sempre de evitar coçar os olhos vigorosamente.
O médico aponta oito opções de tratamento do ceratocone:
1. Lentes de contato
No início, a doença pode ser tratada com o uso de lentes de contato ou de óculos. As lentes mais modernas oferecem melhor resultado. A híbrida tem a parte central mais rígida e a periférica gelatinosa. Já as lentes esclerais dão um resultado ainda melhor. Por terem um diâmetro grande, elas se apoiam na parte branca do olho (esclera), oferecendo mais conforto e segurança.
2. Lentes intraoculares fácicas
Quando o paciente também tem uma miopia muito forte, ele pode se beneficiar das lentes intraoculares fácicas. Elas são implantadas no interior dos olhos e podem corrigir até 20 graus. Geralmente, essas lentes proporcionam excelente melhora da visão à distância sem necessidade de óculos de grau ou lentes de contato.
3. Anéis intracorneanos
Numa fase intermediária, os anéis intracorneanos são indicados para restaurar a asfericidade da córnea, ou seja, seu aplainamento. Eles podem melhorar a tolerância às lentes de contato e adiar uma cirurgia. A técnica envolve a inserção de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea. O procedimento tem aprovação do FDA (Estados Unidos) e da ANVISA – sendo item obrigatório de correção por planos de saúde no Brasil.
4. Crosslinking de colágeno
O crosslinking é uma técnica que não só endurece a parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como em alguns casos proporciona melhor visão. Ele se resume à aplicação de uma vitamina chamada riboflavina (B2) na córnea que, quando exposta à luz ultravioleta a cada cinco minutos durante um total de 30 minutos, estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. Trata-se de uma alternativa segura e que tem resultado em importantes benefícios para os pacientes.
5. Método CAP – Contour Ablation Pattern
Com esse tratamento personalizado, o cirurgião utiliza o laser Excimer precisamente controlado para esculpir a córnea e atingir o resultado ideal. Pacientes com mais de 30 anos de idade, visão estável e córneas com espessura suficiente, podem se beneficiar muito do método CAP, obtendo resultados bem parecidos com a cirurgia a laser PRK (fazendo uso de óculos). Normalmente, o crosslinking também é associado a essa modalidade.
6. Transplante de córnea
O transplante de córnea é uma opção a ser considerada nos estágios mais avançados de ceratocone. Os resultados têm apresentado uma taxa de sucesso superior a 97%. O paciente pode realizar uma cirurgia a laser (LASIK ou PRK) logo após o transplante e ficar menos dependente de óculos ou lentes de contato.
7. Ceratoplastia lamelar profunda (DALK)
Neste caso, o transplante é realizado tomando-se o cuidado de preservar a camada interior da córnea – chamada de endotélio. Essa técnica tem se destacado por reduzir os casos de rejeição. Havendo qualquer embaçamento da visão depois do transplante, o paciente deve procurar seu médico imediatamente. Até porque, em caso de rejeição, o paciente recupera 100% da visão se ela for imediatamente tratada.
8. Laser de femtossegundo
Trata-se de um dos maiores avanços na cirurgia de córnea nos últimos 30 anos. O uso do laser de femtossegundo, que utiliza pulsos de luz no lugar das lâminas de corte, surpreende médicos e pacientes. A cirurgia é muito mais precisa e segura, além de garantir rápida recuperação para os pacientes. Essa tecnologia vem sendo bastante valorizada pelos portadores de ceratocone que desejam melhorar a visão com ou sem lentes de contato. Seu uso também já foi aprovado na realização de transplante de córnea (também conhecido como IEK).
"O tratamento do astigmatismo consiste, primeiramente, em detectar que parte da curvatura da córnea está causando problemas de visão e seguir com um tratamento personalizado. Isso inclui desde o uso de lentes corretivas até cirurgia refrativa a laser. Com relação ao ceratocone, em alguns casos a doença permanece na fase mais simples, sendo tratada com o uso de óculos de grau. Já a forma mais grave pode resultar na perda da visão, com indicação de transplante de córnea. Por isso, essa doença ocular preocupa tanto e exige prevenção e diagnóstico precoce para interromper sua progressão e permitir um tratamento mais bem-sucedido", diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.
O especialista diz que o ceratocone pode ser classificado em cinco etapas: inicial, moderada e estável, moderada em evolução, avançada e avançada com opacidades (forma mais grave). Vale a pena conhecer um pouco mais do que cada tratamento oferece – lembrando sempre de evitar coçar os olhos vigorosamente.
O médico aponta oito opções de tratamento do ceratocone:
1. Lentes de contato
No início, a doença pode ser tratada com o uso de lentes de contato ou de óculos. As lentes mais modernas oferecem melhor resultado. A híbrida tem a parte central mais rígida e a periférica gelatinosa. Já as lentes esclerais dão um resultado ainda melhor. Por terem um diâmetro grande, elas se apoiam na parte branca do olho (esclera), oferecendo mais conforto e segurança.
2. Lentes intraoculares fácicas
Quando o paciente também tem uma miopia muito forte, ele pode se beneficiar das lentes intraoculares fácicas. Elas são implantadas no interior dos olhos e podem corrigir até 20 graus. Geralmente, essas lentes proporcionam excelente melhora da visão à distância sem necessidade de óculos de grau ou lentes de contato.
3. Anéis intracorneanos
Numa fase intermediária, os anéis intracorneanos são indicados para restaurar a asfericidade da córnea, ou seja, seu aplainamento. Eles podem melhorar a tolerância às lentes de contato e adiar uma cirurgia. A técnica envolve a inserção de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea. O procedimento tem aprovação do FDA (Estados Unidos) e da ANVISA – sendo item obrigatório de correção por planos de saúde no Brasil.
4. Crosslinking de colágeno
O crosslinking é uma técnica que não só endurece a parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como em alguns casos proporciona melhor visão. Ele se resume à aplicação de uma vitamina chamada riboflavina (B2) na córnea que, quando exposta à luz ultravioleta a cada cinco minutos durante um total de 30 minutos, estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. Trata-se de uma alternativa segura e que tem resultado em importantes benefícios para os pacientes.
5. Método CAP – Contour Ablation Pattern
Com esse tratamento personalizado, o cirurgião utiliza o laser Excimer precisamente controlado para esculpir a córnea e atingir o resultado ideal. Pacientes com mais de 30 anos de idade, visão estável e córneas com espessura suficiente, podem se beneficiar muito do método CAP, obtendo resultados bem parecidos com a cirurgia a laser PRK (fazendo uso de óculos). Normalmente, o crosslinking também é associado a essa modalidade.
6. Transplante de córnea
O transplante de córnea é uma opção a ser considerada nos estágios mais avançados de ceratocone. Os resultados têm apresentado uma taxa de sucesso superior a 97%. O paciente pode realizar uma cirurgia a laser (LASIK ou PRK) logo após o transplante e ficar menos dependente de óculos ou lentes de contato.
7. Ceratoplastia lamelar profunda (DALK)
Neste caso, o transplante é realizado tomando-se o cuidado de preservar a camada interior da córnea – chamada de endotélio. Essa técnica tem se destacado por reduzir os casos de rejeição. Havendo qualquer embaçamento da visão depois do transplante, o paciente deve procurar seu médico imediatamente. Até porque, em caso de rejeição, o paciente recupera 100% da visão se ela for imediatamente tratada.
8. Laser de femtossegundo
Trata-se de um dos maiores avanços na cirurgia de córnea nos últimos 30 anos. O uso do laser de femtossegundo, que utiliza pulsos de luz no lugar das lâminas de corte, surpreende médicos e pacientes. A cirurgia é muito mais precisa e segura, além de garantir rápida recuperação para os pacientes. Essa tecnologia vem sendo bastante valorizada pelos portadores de ceratocone que desejam melhorar a visão com ou sem lentes de contato. Seu uso também já foi aprovado na realização de transplante de córnea (também conhecido como IEK).
Press Página
Nenhum comentário:
Postar um comentário