sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O dízimo na comunidade de fé


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No mês de junho, próximo passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lançou o documento de número 106 com orientações e propostas sobre o dízimo na comunidade de fé. É um documento elaborado num processo que “ocupou a atenção dos bispos em três Assembleias Gerais 2014, 2015 e 2016, e envolveu leigos e leigas, religiosos e religiosas”. Este documento quer “expressar a comunhão e a busca conjunta de caminhos que nos levem a exercer nossa missão: evangelizar”,portanto, elaborado com muita reflexão.
Algumas propostas e reflexões merecem atenção neste documento. Destacando-se dois. O primeiro, o documento não “caiu do céu”, em onde as orientações e propostas contidas no documento 106 são continuidade das já feitas pela CNBB desde a década de 50 que se concretizaram no documento de estudo número 8 (Pastoral do Dízimo), que por sinal continua atual em muitas de suas orientações e ensinamentos.
O segundo ressalta a definição de dízimo. Diz o texto “o dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja”. É a definição usada nas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja do Brasil 1975-1978 no número 43. Uma definição simples, que foi elaborada há tempos e que diz muito, mas mesmo assim temos dificuldades em entendê-la e aplicá-la.
O parágrafo que traz a definição, número 6, ainda continua dizendo que “ele (o dízimo) pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização”. No documento 100 da CNBB, que faz uma reflexão sobre a paróquia, há expressões como: “A participação na vida eclesial torna-se, cada vez mais, uma opção numa sociedade pluralista”. (25) “Está em crise o sentimento de pertença à comunidade e o engajamento na paróquia” (27). Talvez aqui esteja uma dificuldade de se fazer a implantação e o trabalho da Pastoral do Dízimo.
Na exortação apostólica Evangelii Gaudium o Papa Francisco lembra que mesmo, no “âmbito das «pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo», não sentem uma pertença cordial à Igreja”. Seria essa uma realidade nas nossas paróquias e áreas pastorais? O Papa continua a nos dizer “A atividade missionária «ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja» e «a causa missionária deve ser (…) a primeira de todas as causas»”. Sem o empenho e envolvimento de todos no trabalho de evangelização, sem nosso esforço e trabalho missionário, não haverá um dízimo verdadeiramente bíblico, pastoral e evangelizador.
Na apresentação do “Projeto do Dízimo – Partilha Eclesial” da Arquidiocese há lembrança de que para se implantar o projeto do dízimo “exige coragem e esforços gigantes por parte de todos os membros de nossa Igreja”. Colabore com seu trabalho nesse serviço!
A Equipe da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Fortaleza oferece uma oportunidade para estudo e aprofundamento do documento 106. No dia 29 de outubro, de 8h às 12h, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. A presença dos Agentes da Pastoral do Dízimo de todas as paróquias e áreas pastorais será importante para juntos assumirmos o compromisso de ver o “dízimo contribuir para concretizar a comunhão eclesial e a organicidade de sua ação evangelizadora”.Façamos nossa parte!
Informações através do telefone (85) 98563-5378  ou (85) 99922-4449  com João Augusto Stascxak ou no e-mail  jastascxak@gmail.com

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