Flávio, Jair, Eduardo e Carlos: os Bolsonaro | Divulgação
Publicado originalmente no perfil do autor
Por Luis Felipe Miguel
Texto no jornal hoje diz: “Segundo pesquisas qualitativas nas mãos de adversários de Bolsonaro, cerca de metade dos 30% que apoiam o presidente mudariam de ideia se houver corrupção envolvendo sua família. Se o cálculo estiver certo, isso derrubaria o apoio a Bolsonaro para o nível considerado perigoso para a abertura de processos de impeachment”.
Eu acho engraçado esse apego – por comentaristas políticos e, segundo leio, por operadores políticos também – à pretensa lei de que um impeachment só prospera quando o presidente conta com 15% ou menos de “apoio popular”.
São tantas simplificações (na interpretação dos resultados de sondagens, na relação entre popularidade, apoio e militância, no entendimento da dinâmica da disputa política, no fetichismo numérico) que nem vale a pena começar a discutir.
Mas a questão é: o que falta para alguém perceber que há “corrupção envolvendo a família”? São casos e casos, tornados públicos desde antes da eleição – rachadinhas, funcionários fantasmas, auxílios-moradia.
Só não vê quem não quer. E o que caracteriza a base bolsonarista é que ela definitivamente não quer ver.
Também tem os generais. Cansei de ler textos jornalísticos dizendo que a captura de Queiroz complicava Bolsonaro junto com a cúpula militar, que passava a desconfiar que ele estava envolvido com milicianos.
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