quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Ana Paula Maciel: Acusações contra ativista brasileira do Greenpeace foi retirada

Investigações foram canceladas para todos os 30 ambientalistas detidos.
Grupo foi preso em setembro durante protesto contra exploração do Ártico.

Do G1, em São Paulo

´Foto tirada no dia 18/12 mostra ativista Ana Paula Maciel (centro) e outros ativistas aguardando para assinar documento relativo à anistia.  (Foto: AP Photo/Greenpeace International/Dmitri Sharomov)Foto tirada no dia 18 de dezembro mostra ativista Ana Paula Maciel (centro) e outros ativistas aguardando para assinar documento relativo à anistia. (Foto: AP Photo/Greenpeace International/Dmitri Sharomov)
Rússia retirou formalmente as acusações contra a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, uma das 30 pessoas ligadas ao Greenpeace presas em setembro durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. As informações foram divulgadas pela organização ambiental nesta quarta-feira (25).
Além dela, todos os outros membros do grupo serão beneficiados pelo cancelamento das investigações. O único que ainda não passou pelo procedimento formal é o marinheiro italiano Cristian D' Alessandro, cuja formalização foi adiada para esta quinta por falta de um tradutor, segundo informa a agência EFE.
De acordo com o Greenpeace, agora os 26 membros do grupo que não são da Rússia vão entrar com pedido de visto de saída para poderem voltar para seus países. Uma reunião com o Serviço de Migração Federal está marcada para esta quarta-feira. Um porta-voz da ONG que está acompanhando o processo em São Petersburgo informou que, se Ana Paula conseguir o visto da forma esperada, ela deve deixar a Rússia rumo ao Brasil no fim desta semana.
Anistia
O parlamento russo havia aprovado no dia 18 um decreto concedendo anistia a presos por atos de vandalismo e que beneficiou o grupo, que vem sendo chamado pelo Greenpeace como "30 do Ártico".
Os 28 ativistas e 2 jornalistas freelancers tentavam escalar uma plataforma petroleira da Gazprom no dia 19 de setembro, para protestar contra a exploração do Ártico, quando foram surpreendidos pela polícia russa, que prendeu toda a tripulação do navio Arctic Sunrise.
O grupo permaneceu detido durante dois meses, primeiro sob a acusação de pirataria e, em seguida, sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança. Desde então, estão livres no país, mas sem poder deixá-lo.
Nesta segunda-feira (23), os 30 assinaram um documento no qual declaravam não se opor à lei de anistia.
Outros beneficiados
A decisão pela anistia, que beneficiou também membros do grupo Pussy Riot, marcou o aniversário de 20 anos da adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993.
Segundo o texto aprovado por unanimidade, o perdão traz benefícios "para os setores sociais mais vulneráveis​​" e deve libertar 25 mil pessoas. A anistia não contempla que tem uma condenação superior a cinco anos de prisão.
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