A Nigéria perde todos os anos milhões de dólares por causa do contrabando dos seus recursos naturais, em especial o petróleo. Segundo dados oficiais do governo, divulgados pela agência Misna, são extraídos ilegalmente cerca de 150 mil barris por dia, uma quantidade considerável, tendo em conta que o país produz diariamente perto de dois milhões de barris.
O furto de petróleo, o aumento da pirataria no Golgo da Guiné e os ataques por parte de grupos armados contra os estabelecimentos e instalações, têm obrigado as autoridades a reforçar as medidas de vigilância. Porém, o tráfico de crude continua a ocorrer «com a cumplicidade de políticos, exército, bancos ocidentais e do crime organizado internacional», denuncia o assessor presidencial Patrick Dele Cole.
A indústria petrolífera na Nigéria está frequentemente envolvida em escândalos de corrupção e de má administração. Um relatório parlamentar, publicado em abril de 2012, dava conta que o país tinha perdido 6,8 mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros), em três anos, com o programa de concessão no setor do petróleo. Por causa da ineficácia das suas quatro refinarias, o país é obrigado a importar quase 90 por cento dos combustíveis consumidos pela população.
Fátima Missionária
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