Exposição no Museu Thyssen-Bornemisza marca centenário da morte de Darío de Regoyos
Por Marco Lacerda*
Organizada para marcar o centenário da morte de Darío Regoyos (1857-1913) esta exposição apresenta uma ampla retrospectiva da trajetória desse artista asturiano, principal representante espanhol do impressionismo, com mais de cem obras que mostram as diversas formas de expressão, os interesses temáticos e a evolução estética de toda a sua carreira.
A originalidade cromática e a audaciosa representação dos fenômenos atmosféricos fazem das paisagens de Regoyos um dos episódios mais inovadores do panorama artístico espanhol daquela momento. Por outro lado, sua prematura relação com pintores, músicos e literatos belgas e franceses, e sua ativa participação nos círculos artísticos de vanguarda configuram o perfil mais internacional da pintura espanhola do final do século 19. Como contraponto, as obras que mostram a ‘Espanha negra’ remetem à tradição cultural de tempos mais sombrios.
A exposição (de 18 de fevereiro até 01 de junho de 2014 no Museu Thyssen-Bornemisza, de Madrid), com curadoria de Juan San Nicolás, foi produzida pelo Museu de Belas Artes de Bilbao com a colaboração do Thyssen-Bornemisza e do Museu Carmen Thyssen de Málaga – para onde viajará uma versão mais reduzida da mostra. Os três museus contribuíram com peças destacadas de suas coleções às quais se juntaram obras de outras instituições relevantes, como o Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique, o Musée d´Orsay, o Museu Nacional d´Art de Catalunya e o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, entre outros, bem como numerosas peças de coleções particulares.
Em 1907 Darío de deslocou com sua família para Bizkaia e se instalou em Durango e, mais tarde, em Bilbao e Las Arenas. Em 1912 se estabelece em Barcelona e, mesmo já gravemente enfermo por causa de um câncer, realiza duas importantes exposições e continua pintado ao ar livre. Um ano depois, morreu prematuramente aos 55 anos. Darío de Regoyos foi um dos poucos artistas espanhóis a adotar as teorias impressionistas e, apesar da incompreensão da crítica, manteve-se fiel a ela ao longo de toda a sua carreira.
"Dario de Regoyos" - Veja o vídeo.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e editor-especial do Domtotal
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