Roma, 05 abr (SIR) - Karol Wojtyla foi também um grande taumaturgo. Sabe-se que, durante sua vida, realizou vários milagres. O card. Stanislao Dziwisz, seu histórico secretário e hoje sucessor dele à frete da Diocese de Cracóvia, foi a testemunha silenciosa destes fatos. E hoje narra uma mínima parte desta dimensão de João Paulo II numa entrevista ao programa da tevê italiana "A Sua Immagine", que é preparado pela Conferência Episcopal Italiana e a Tevê estatal da península.
“Ao longo destes anos – afirma – vi tantas pessoas que o encontrava e que no final transmitiam grande tranquilidade interior, satisfação e alegria. Havia também quem conseguia benefícios físicos, como um monsenhor que sofria muitas vezes de dor de cabeça, sentia-se mal, mas quando encontrava o Papo tudo desaparecia”.
“Durante a vida – revela o cardeal de Cracóvia – Wojtyla realizou tantos milagres, sua intercessão era muito útil, sobretudo em casos de casais sem filhos. Ele era pela vida, pela família, e era muito sensível a estes temas. Os problemas dos jovens e dos casais o preocupavam muito”. “Quando alguém falava ao Papa de algum milagres – lembra, porém, Dziwisz – ele logo respondia: o homem não faz milagres, nós só podemos pedir a Deus rezando, mas é Ele quem realiza os milagres”.
João Paulo II, como o descreve o antigo secretário, “era uma pessoa que tratava tudo com Deus. Este contato dava-lhe tranquilidade e segurança”. “A santidade dele – continua Dziwisz – se alimentava da contemplação e da oração, e por outro lado havia o respeito pela pessoa. Nunca presenciei levantar a voz com alguém, e isso não é pouco. Estive com ele 39 anos e jamais vi se alterar com alguém. Para ele era importante o argumento, não a força da voz”. Das respostas de Dziwisz aparece um Papa muito sóbrio no estilo de vida, mas sempre com uma pontada de humor e até canto, isto é de alegria.
“Quanto aos pratos – narra seu antigo secretário -, o Papa não tinha preferências. Penso que nem soubesse muito bem o que comia. Porém duas coisas ele apreciava muito: o café e o doce. Gostava de brincar, mas nunca nas costas de alguém, tinha o máximo cuidado para não desagradar alguém. E depois gostava de catar, cantava hinos de louvor a Deus sozinho”.
“Um dos segredos de João Paulo II – destaca o card. Stanislau – era a capacidade de ouvir. Quem ia ter com ele, sempre era ouvido. Isto não significava que o Papa partilhasse sempre a opinião que lhe era apresentada, mas ele ouvia, deixava que a pessoa se abrisse. Ao longo destes anos vi tantas pessoas que o encontraram e que no final saiam com uma grande tranquilidade interior, satisfação. E alegria”. “Qual é - pois – o segredo da santidade de Papa Wojtyla?” “Sua união com Deus e o grande amor pelo ser humano”, responde o card. Stanislau. “As pessoas – conclui – buscam sempre tudo o que é verdadeiro, autêntico, sincero e bonito. Nele encontram tudo isso”.
SIR
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