sexta-feira, 9 de maio de 2014

Card. Parolin: rezemos pelos cristãos perseguidos cujos direitos são ainda hoje espezinhados

Cidade do Vaticano (RV) - Confiemos a Nossa Senhora todas as nossas preocupações, ânsias e necessidades: foi a exortação do secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, na missa presidida na manhã desta quinta-feira no adro da Basílica de Pompéia (sul da Itália), no dia da Súplica à Beata Virgem Maria, tradicional rito que todos os anos atrai milhares de fiéis a este Santuário fundado pelo Beato Bartolo Longo. Participaram da celebração também o arcebispo prelado de Pompéia, Dom Tommaso Caputo, além de autoridades civis e militares.

"Tenho a alegria de, junto com vocês, fazer-me peregrino nesta cidade de Maria", disse o purpurado.

Um lugar especial "a 'cidade de Maria', outro nome desta terra maravilhosa e tão rica de história" antiga – recordou o Cardeal Parolin –, onde se encontra o Santuário depositário de uma história de fé. Aqui a oração, o Terço do qual Bartolo Longo se fez apóstolo no final do Séc. XIX, calou numa realidade muito diferente:

Uma realidade "de miséria e de abandono, de injustiça e de opressão. O homem era espezinhado em sua dignidade e os pobres, os últimos da fila, não eram quase levados em consideração."

A caridade abriu as portas, aliás, escancarou-as à esperança, iniciando uma nova era – prosseguiu o cardeal secretário de Estado. Nenhum problema, nenhuma apreensão, por mais que seja forte e justificada, pode manter distante uma esperança que exatamente neste lugar se manifesta concretamente:

"Isso permanece verdadeiro mesmo que hoje aquilo que vivemos não nos poupe de dificuldades e angústias, como a insídia de uma violência sempre à espreita, ou as escassas e incertas perspectivas de trabalho para os jovens, aos quais não somente a crise econômica de nossos tempos, mas atrasos antigos e estruturais tornam difícil olhar para o futuro com serenidade e confiança", ponderou o Cardeal Parolin.

Inspirando-se na liturgia do dia dedicada à Igreja nascente o purpurado deteve-se sobre o mandato confiado a todos os cristãos de professar a fé, colocá-la em prática com o amor ao próximo, e de ser luz do mundo:

"Pensemos nos milhares de cristãos que, ainda hoje, no Séc. XXI, sofrem por causa de sua fé, são perseguidos, veem seus direitos espezinhados. Rezemos por eles e, sobretudo, ajamos como eles – diria o Papa Francisco –, sem pactuar com o espírito mundano, mas vivendo e professando plenamente a nossa fé", exortou Dom Parolin.

Por fim, o cardeal secretário de Estado fez uma invocação a Nossa Senhora:

"Confiemos a Maria, Soberana do Céu e da Terra, mas, sobretudo, nossa Mãe dulcíssima, a 'mais tenra entre as mães', todas as nossas preocupações, ânsias e necessidades." (RL)

ádio Vaticano

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