segunda-feira, 16 de junho de 2014

“A barreira linguística está nos deixando exaustos”, disse o jornalista irlandês

Jornalista escreveu artigo no The Irish TimesUm jornalista do The Irish Times que está no Brasil para a Copa do Mundo descreveu sua experiência tentando se comunicar em São Paulo. Em um post publicado nesta segunda-feira (16), Dave McKechnie disse que não consegue entender os brasileiros porque eles não falam bem a língua inglesa.
Citando suas atividades durante um dia em São Paulo, ele contou que se perdeu na Avenida Paulista tentando achar a loja de uma operadora de telefone para comprar um chip de celular. Sem entender as instruções da atendente de seu hotel, ele seguiu o caminho errado na Paulista, e só achou a loja quando fez mímica aos pedestres que encontrava na rua.
Na loja, o jornalista disse que o atendente precisou usar um tradutor no computador para se comunicar com ele, e se assustou quando a máquina traduziu a frase e indicou que ele deveria voltar às 15 horas (para ele, isso queria dizer que ele só poderia retornar depois de 15 horas).
No táxi, ele diz que a experiência não é muito diferente das que ele tem com taxistas em Dublin. “O simpático motorista compartilha todos os pensamentos que passam por sua mente falante de português. Primeiro, tente parecer perdido –isso não funciona--, depois finja que você entende. A dinâmica parece com a de uma corrida de táxi em Dublin.
“O inglês é tão pouco falado aqui que até uma visita à padaria local tem suas complicações”, disse ele no texto. Na padaria, ele se surpreendeu ao receber “um disco” --uma comanda com um número e um código de barras, e diz que se confundiu com os tipos de comida que encontrou. Quando recebe “uma baguete que pesa quase um quilo” da atendente do outro lado do balcão, ele se pergunta se aquilo é para comer ou para se defender quando estiver no Rio.
Mas o susto pior acontece na saída. Ao pagar a conta, ele recebe a comanda de volta. “Talvez é um cartão de fidelidade?”, ele escreve sobre sua impressão. Logo, Dave descobre que não. “Nós saímos. As pessoas começam a gritar, buscando suas pistolas”, descreve ele sobre o nervosismo dos locais. Então ele entende que a comanda deve ser inserida na máquina que fica ao lado da saída.
“A barreira linguística está nos deixando exaustos”, disse o jornalista irlandês, já temendo que as coisas piores quando ele visite cidades mais ao norte do Brasil.

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