segunda-feira, 9 de junho de 2014

Mudanças climáticas são discutidas no México

Os investimentos mundiais para reduzir impactos precisam ser aplicados com mais eficiência.

Para reduzir os efeitos das emissões de carbono na atmosfera e, ao mesmo tempo, encontrar alternativas que possam capturar a produção atual de dióxido de carbono, é preciso quadruplicar o uso de energias renováveis, segundo especialistas. Esses e outros temas estão em debate na segunda conferência da Globe Internacional sobre mudanças climáticas, que reúne 265 parlamentares de 65 países na Cidade do México.

A Globe é uma organização apartidária que reúne parlamentares de vários países e apoia iniciativas de avanço nas leis e modelos de desenvolvimento sustentável.

Para o pesquisador Jean-Pascal Van Ypersele, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o desafio, até 2100, é tentar zerar as emissões de dióxido de carbono, e não apenas reduzi-las entre 50% e 80%, como se discute atualmente.

Pascal destacou os impactos do aquecimento global sobre setores como agricultura e recursos hídricos e citou o risco de diminuição da produção de quatro cereais fundamentais na alimentação da população mundial. “Milho, arroz,  trigo e centeio estão ameaçados, por isso é necessário, entre outras medidas, o uso de espécies mais resistentes”.

De acordo com o biofísico José Franco López, presidente da Academia Mexicana de Ciência, os investimentos mundiais para reduzir impactos das mudanças climáticas precisam ser discutidos e aplicados com mais eficiência.

“Sete por cento do PIB (Produto Interno Bruto) mundial é usado para socorrer emergências causadas pelas mudanças climáticas. Os governos poderiam empregar apenas a sétima parte desse dinheiro em planos de adaptação e mitigação com mais eficiência na prevenção dos efeitos dessas alterações que já estão ocorrendo”, ponderou.
Agência Brasil

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