domingo, 29 de junho de 2014

Os Bispos e o caso Lambert

 “Vincent Lambert não está no final da vida” e “até quando a pessoas não estiver no final da vida e que sua alimentação e sua hidratação são mais úteis do que negativas para ele, o fato de cortá-las torna-se um ato grave porquanto levará inevitável e deliberadamente à sua morte”. Importante manifestação pública publicada na última sexta-feira (27) por dom Michel Aupetit, bispo de Naterre, médico e membro do Conselho Família e Sociedade da Conferência episcopal francesa, em relação à decisão do Conselho de Estado de parara com o tratamento de alimentação e hidratação a Vincent Lambert.

A decisão, por enquanto, foi suspensa pelo Tribunal europeu dos Direitos do Homem de Estrasburgo. Numa reflexão publicada no site da Conferência episcopal francesa, o bispo Aupetir afirma: “É preciso considerar que o caso Vincent Lambert é um caso difícil a ser legislado. Há outras 1.500 pessoas ne sta mesma situação. O que for decidido para ele, poderá ter um impacto também para estes doentes. Deixou-se aos juízes a decisão final. Ora se aos juízes comete a tarefa de afirmar o que diz o direito, eles, porém, não tem autoridade para definir o que é bom e o que é mau”. (segue)
 
 “A Igreja – continua o bispo – portadora de vida e de dignidade, considera que um doente em estado vegetativo permanente é uma pessoas, com sua dignidade fundamental que necessita de cuidados normais e proporcionados que incluem, em linha geral, também a entrega de água e alimentos, inclusive por meios artificiais”. Manifesta-se também sobre o caso dom Marc Aillet, bispo de Bayonne, Lescar et Oloron: “É a nossa sociedade – escreve num comunicado – que está num estado vegetativo e não as pessoas como Vincent Lambert que esperam, isso sim, um gesto de amor. Dirijo-me aos médicos, aos agentes sanitários e a todos aqueles que fazem parte desta rede de solidariedade que nos une uns aos outros, sobretudo no fim de nossa existência. Sede testemunhas da vida, considerai atentamente os limites da obsessão terapêutica e continuai a oferecer os cuidados paliativos. A questão da morte não se resolve com a morte, mas com a vida!”
 
 
SIR

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