Milhares de cristãos fugiram da cidade iraquiana de Mossul depois que o grupo jihaidista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) começou a ameaçá-los. Diante disso, vários bispos anglicanos consideraram que o Reino Unido tem uma “obrigação moral” de acolher estas pessoas, pelo papel que o país desempenhou na invasão do Iraque, em operação com os EUA em 2003, à qual seguiram anos de instabilidade.
Cerca de 750 mil cristãos que viviam no Iraque em 2003 tiveram que deixar o país devido à violência sectária e os 60 mil que compunham a sólida comunidade cristã de Mossul – uma das mais antigas do mundo – se reduziram a 35.000 desde a irrupção do ISIS em junho passado.
Em declarações divulgadas pelo jornal dominical "The Observer", o bispo de Manchester, David Walker, opinou que o Reino Unido ‘fracassaria’ se não oferecesse refúgio a estes cristãos. “Depois de intervir de modo tão extenso no Iraque, temos, mais do que outros países, uma obrigação moral”, apontou.
Também o bispo de Worcester, John Inge, revelou ao mesmo dominical que se sentiria ‘desgostado’ se o Governo de David Cameron ‘se negar a fazer alguma coisa para estas pessoas ameaçadas’. Na mesma linha, se manifestou o bispo de Leeds, Nick Baines, para quem “o Governo britânico não pode continuar calado ou simplesmente emitir palavras. É preciso fazer algo mais. Não fazê-lo seria equivalente a uma traição da nossa moral e de nossas obrigações históricas”, completou Baines.
(CM)
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