sábado, 16 de agosto de 2014

Marina substituirá Campos como candidata do PSB

O acordo está fechado e, na próxima quarta-feira, a ex-senadora Marina Silva será oficializada candidata do PSB à Presidência da República. Os dirigentes nacionais do PSB avançaram nas conversas com aliados e decidiram não perder tempo e, na noite dessa sexta-feira, selaram a unidade interna da coligação puxada pelo PSB para o lançamento do nome de Marina em substituição ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo, na última quarta-feira, em Santos, São Paulo. Marina era vice de Campos e ganhou apoio dos familiares do ex-governador e das principais lideranças do PSB.
Os socialistas começaram a manifestar preocupação com a onda de especulações e possíveis manobras que poderiam provocar a divisão no PSB – uma banda partindo para apoiar à reeleição de Dilma Rousseff, e o outro grupo em direção a Aécio Neves, do PSDB. Com esse cenário de pressões, o PSB reagiu e superou as divergências internas para lançar Marina Silva à Presidência da República. O novo presidente do PSB, Roberto Amaral, era visto como último entrave ao acerto. Sob forte pressão de correligionários, Amaral, segundo apurou o Jornal Folha de São Paulo, se convenceu a apoiar Marina, que disputou o Planalto em 2010 pelo PV. Quanto ao vice, os nomes mais cotados são do gaúcho Beto Albuquerque, hoje candidato ao Senado, do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), do ex-deputado Maurício Rands (PSB-PE), e do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
A ex-senadora Marina Silva externou ao PSB que respeitará as duas principais exigências do partido: respeitar os acordos regionais fechados à sua revelia, em Estados como Rio e São Paulo, e incorporar o discurso desenvolvimentista. A ex-senadora disse a pessoas próximas que pretende conduzir a campanha da mesma forma que Campos a conduziria, atuando como líder de uma coligação, e não apenas da Rede, o futuro partido que ela quer criar.

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