segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Papa convida Igreja a presença reforçada nas «periferias» existenciais


Francisco enviou mensagem aos participantes no 35.° Encontro pela Amizade entre os Povos promovido pelo movimento Comunhão e Libertação

Cidade do Vaticano, 25 ago 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco reforçou o seu apelo por uma Igreja presente nas “periferias” da sociedade atual, numa mensagem enviada aos 35.° Encontro pela Amizade entre os Povos, promovido pelo movimento Comunhão e Libertação.
“O tema escolhido para este ano – ‘Rumo às periferias do mundo e da existência’ – sublinha uma solicitude constante do Santo Padre. Desde o seu episcopado em Buenos Aires, ele percebeu que as periferias não são apenas locais mas também, e acima de tudo, feitas por pessoas”, refere o texto, enviado ao bispo de Rimini (Itália), D. Francesco Lambiasi, pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em nome do Papa.
A carta divulgada pela Santa Sé cita uma intervenção do então cardeal Bergolgio durante as congregações gerais antes do Conclave, em março de 2013: “A Igreja é chamada a sair de si mesma e ir para as periferias, não somente as geográficas, mas aquelas existenciais - do mistério do pecado, da dor da injustiça, da ignorância, da falta de fé, do pensamento, de todas as formas de miséria”.
O ‘Meeting de Rimini’ decorre até sábado, nesta localidade italiana, com debates, concertos, peças de teatro, filmes, competições desportivas, exposições, concertos, entre outras atividades ligadas a áreas desde a política à economia, da religião à ciência, das questões sociais, culturais e do desporto.
A mensagem enviada pelo Papa sublinha que uma Igreja “em saída” é a “única possível, segundo o Evangelho” e agradece aos responsáveis pelo evento por aceitarem o desafio de caminhar nessa perspetiva, num regresso “ao essencial”.
Francisco convida a “nunca perder o contacto com a realidade”, por considerar que isso faz parte do testemunho cristão: “Na presença de uma cultura dominante que coloca em primeiro lugar a aparência, aquilo que é superficial e provisório, o desafio é escolher e amar a realidade”.
O Papa ressalva ainda a importância de manter o olhar “fixo no essencial”, porque “os problemas mais graves” para a Igreja “surgem quando a mensagem cristã é identificada com aspetos secundários que não refletem o coração do anúncio”.
“Num mundo em tão rápida transformação, os cristãos têm de estar disponíveis para procurar formas e modos de comunicar, com uma linguagem compreensível, a perene novidade do Cristianismo”, conclui o texto.
O 35.° Encontro pela Amizade entre os Povos tem lugar na ‘Rimini Fiera’, no nordeste da Itália.
OC

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