A três dias da eleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu a liderança do segundo turno na corrida presidencial
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DA FOLHA DE S. PAULO
Em 14 dias, Dilma cresceu no Sudeste, Nordeste e Centro-oeste, além de registrar ganhos em diversos segmentos sociais. A notável melhoria em três numerosos grupos merecem especial atenção: mulheres, pobres e moradores de cidades médias e grandes.
A três dias da eleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu a liderança do segundo turno na corrida presidencial ao atingir 53% das intenções de votos válidos, segundo o Datafolha. Na pesquisa feita na quarta e nesta quinta (23), o tucano Aécio Neves marcou 47%.
Como a margem de erro do estudo é de dois pontos, a diferença entre eles está –pela primeira vez nesta etapa final– fora dos limites máximos de um empate técnico.
O primeiro é o avanço de seis pontos entre as mulheres, que são pouco mais da metade do eleitorado. Dilma tinha 48% dos votos femininos no dia 9, subiu para 54%.
No mesmo período, a rejeição de Aécio entre as mulheres foi de 33% para 40%.
Quanto mais pobre e menos escolarizada é a eleitora, maior foi o aumento dessa rejeição ao tucano. No enorme grupo das mulheres com ensino fundamental e renda familiar de até 5 salários mínimos (18% de todo o eleitorado nacional), 47% não votam em Aécio "de jeito nenhum" –eram 36% no início do segundo turno.
Esses resultados são produto da ênfase da propaganda petista em apresentar o rival como alguém agressivo com as mulheres. O fato de Aécio ter respondido a Luciana Genro (PSOL) com o dedo em riste num debate e, depois, ter chamado Dilma de "leviana" pode ter contribuído para prejudicar sua imagem.
O segundo segmento importante para o avanço de Dilma é o dos eleitores mais pobres. Entre os que vivem em famílias com renda de até 2 salários mínimos, a vantagem da petista, que já era grande (58% a 42% no início do segundo turno), ampliou-se. Está agora em 64% a 36%.
Além disso, Dilma recuperou terreno na faixa dos que ganham entre 2 e 5 salários. A vantagem inicial de Aécio nesse recorte (54% a 46%) virou um empate: 50% a 50%.
De cada dez eleitores, oito fazem parte de algum desses dois segmentos de renda.
E o terceiro grupo relevante para compreender o avanço de Dilma é o dos eleitores das cidades médias e grandes, locais onde ela sempre enfrentou dificuldades.
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