sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Argentina protesta por exercício militar britânico

14/11/2014  |  domtotal.com

A Chancelaria disse ter apresentado nesta quinta-feira uma nota de protesto à embaixada britânica.

O governo argentino considerou, nesta quinta-feira, "uma nova provocação" do Reino Unido a realização de exercícios militares com disparos de projéteis nas disputadas Ilhas Malvinas - de acordo com nota divulgada pela Chancelaria.

"A Argentina teve conhecimento de que a fragata 'HMS Iron Duke' participou de um exercício militar na Baía de San Carlos, nas Malvinas, que incluiu o disparo de 136 projéteis, constituindo uma nova provocação do governo do Reino Unido", denunciou o Ministério argentino das Relações Exteriores.

Buenos Aires mantém um conflito territorial com Londres desde 1833, quando tropas britânicas se apoderaram do arquipélago e expulsaram a população argentina local para instalar uma colônia.

Segundo a Argentina, as manobras foram "uma demonstração intencional do poder de fogo do navio britânico", com a participação de "uma companhia de Infantaria britânica que faz parte da mobilização militar permanente de ocupação ilegal nas Ilhas".

"A Argentina rejeita nos termos mais contundentes essas manobras navais e militares", realizadas 350 km ao leste do território continental, completou o Ministério em uma nota à imprensa.

Em sua declaração, Buenos Aires reafirmou que os exercícios representam um "afastamento deliberado das convocações de inúmeras resoluções das Nações Unidas e de outros organismos internacionais".

O comunicado lembrou ainda que esses organismos "pedem tanto à Argentina quanto ao Reino Unido que retomem as negociações pela disputa de soberania".

A Chancelaria disse ter apresentado nesta quinta-feira uma nota de protesto à embaixada britânica.

Em 1982, a ditadura argentina do general Leopoldo Galtieri ocupou as Malvinas com suas tropas, deflagrando uma guerra que terminou com a rendição do país sul-americano, após 74 dias de combates, e com 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
AFP

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