segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Montagens mostram como seria mistura de pinguim com lobo-marinho

 24/11/2014 16h20

Artista publicou fotos de bichos fictícios criados por computador.

Estudo sobre ataques sexuais dos lobos-marinhos chamou a atenção.

Do G1, em São Paulo
Cruzamento entre pinguim e lobo-marinho só existe em montagem de computador; na vida real, tal mistura é impossível (Foto: Reprodução/Twitter/sarahderemer7)Cruzamento entre pinguim e lobo-marinho só existe em montagem de computador; na vida real, tal mistura é impossível (Foto: Reprodução/Twitter/sarahderemer7)
As imagens de coerção sexual entre exemplares de lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazela) e pinguins-rei (Aptenodytes patagonicus) em uma pequena ilha no meio do Oceano Atlântico deram espaço para muita discussão na internet. Sem conclusão definitiva, debateu-se se é possível dizer que o lobo-marinho estaria de fato estuprando a ave ou se, por se tratarem de animais, esse termo não se aplica.
A artista visual Sarah Lee DeRemer tentou abordar a polêmica de forma mais bem-humorada: criou algumas imagens que mostram como seria o bicho resultante de um cruzamento de pinguim com lobo marinho. Vale lembrar que essas duas espécies jamais poderiam ter filhotes entre si na vida real, por serem totalmente incompatíveis para reprodução. Na página da artista no Twitterhá diversas outras montagens improváveis de cruzamentos entre animais, como alce com urso e gato com pinguim.
Outra versão do bicho fictício, híbrido de lobo-marinho e pinguim (Foto: Reprodução/Twitter/sarahderemer7)Outra versão do bicho fictício, híbrido de lobo-marinho e pinguim (Foto: Reprodução/Twitter/sarahderemer7)
Relembre o caso
Cientistas da Universidade de Pretória, na África do Sul, apresentaram na última semana alguns casos de relação sexual entre exemplares de lobo-marinho-antártico e pinguins-rei na Ilha Marion, região que pertence aos sul-africanos e fica entre a África e a Antártica.
Os pesquisadores documentaram esses incidentes. De acordo com artigo científico publicado na revista “Polar Biology”, os ataques dos lobos-marinhos seguem um padrão. O mamífero persegue o espécime de pinguim-rei, de sexo desconhecido, o captura e monta na ave. A partir daí, os animais copulam, em atos com duração média de cinco minutos, com períodos de descanso entre eles.

Em um dos vídeos feitos pelos cientistas, é possível ver tentativas de ataque do pinguim ao lobo-marinho-antártico, mas sem êxito, já que o predador é muito maior e mais pesado que a ave.
Pinguins machos e fêmeas se reproduzem através de uma abertura chamada cloaca. No caso dos lobos, as observações demonstraram que houve penetração.
Segundo reportagem da BBC, foram detectados quatro incidentes pelos cientistas. Em três deles, os mamíferos deixaram os pinguins após a cópula. Mas em uma das ocorrências, o lobo-marinho matou e comeu a ave.
Ainda há muita especulação sobre a causa deste comportamento. Mas os estudiosos ventilam algumas hipóteses. De acordo com o artigo científico, os exemplares de lobo-marinho estariam seguindo os passos de outros machos, ou seja, aprendendo a fazer esse tipo de ataque em alvos “mais fáceis”. A outra possibilidade é de liberação da frustração sexual de espécimes mais novos, ainda incapazes de defender grupos de fêmeas, em que ele é o principal reprodutor.
Em uma das gravações feitas pelos cientistas é possível ver o lobo-marinho em cima de exemplar de pinguim-rei, durante ato sexual (Foto: Reprodução/Polar Biology)Em uma das gravações feitas pelos cientistas é possível ver o lobo-marinho em cima de exemplar de pinguim-rei, durante ato sexual (Foto: Reprodução/Polar Biology)

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