164 cardeais ouviram explicação sobre as estruturas económicas do Vaticano
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 13 fev 2015 (Ecclesia) - O Papa continuou hoje o debate sobre a reforma da Cúria Romana com 164 cardeais e futuros cardeais de todo o mundo, incluindo D. Manuel Clemente, em trabalhos marcados pelas ideias de “simplificação” e “descentralização”.
O porta-voz do Vaticano referiu em conferência de imprensa que o debate sobre a reformulação dos organismos centrais de governo da Igreja Católica, que se iniciou na quinta-feira e vai continuar esta tarde, está marcado pelo “critério da simplificação” e de uma “descentralização” que se baseie no princípio de “subsidiaridade”, respeitando o que se “faz bem” a nível das dioceses e das conferências episcopais.
O diretor da sala de imprensa da Santa Sé precisou, por outro lado, que reforma da Cúria “exige um tempo prolongado”, pelo que haverá uma implementação gradual das decisões.
Segundo o sacerdote jesuíta, algumas das intervenções retomaram as questões da responsabilidade dos leigos e dos “cargos de responsabilidade” para mulheres no seio dos organismos centrais de governo da Igreja.
Esta manhã, os trabalhos centraram-se nos trabalhos que estão “em curso” particular na área da organização financeira.
Segundo o padre Federico Lombardi, esta é um reforma “importante” do ponto de vista da “transparência, de responsabilidade, de clareza sobre a situação económica da Cúria”.
Os participantes na reunião convocada pelo Papa ouviram o novo secretário para a Economia, cardeal George Pell, bem como o cardeal Reinhard Marx, responsável pelo Conselho para a Economia, para além dos novos líderes da Comissão Pontifícia de Inquérito para a Organização Económica e Administrativa da Santa Sé (COSEA) e do Instituto para as Obras de Religião (IOR, conhecido como ‘Banco do Vaticano’).
Os trabalhos desta tarde vão começar com uma intervenção do responsável pela Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores, cardeal Sean O’Malley.
A reunião de dois dias começou com uma intervenção do Papa, na qual Francisco defendeu “transparência absoluta” na reforma da Cúria Romana.
“A meta a atingir é sempre a de favorecer uma maior harmonia no trabalho dos vários dicastérios e organismos para conseguir uma colaboração mais eficaz, naquela transparência absoluta que edifica a verdadeira sinodalidade e colegialidade”, declarou.
O documento que regulamenta atualmente a Cúria Romana é a constituição 'Pastor Bonus', assinada por São João Paulo II a 28 de junho de 1988.
OC
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