Há um gênero literário muito rico em mensagens filosóficas escritas em prosa ou versos, cujos personagens, geralmente, são animais que mostram características antropomórficas, bastante comuns na literatura infantil. As fábulas constituem verdadeira lição de vida sempre apresentando uma simples, mas objetiva e profunda conclusão moral. Segundo os estudiosos, elas foram desenvolvidas pelo escravo grego Esopo(Século VI a.c) e muitos séculos depois de Cristo o francês Jean de La Fontaine(1621 – 1695) foi o grande divulgador das fábulas de Esopo. É evidente que nesse enorme intervalo de tempo surgiram numerosos fabulistas, pensadores e filósofos. Dando-se significativo salto na História, para se chegar ao Brasil e ao século XX, pode-se mencionar o grande escritor e o maior fabulista brasileiro: Monteiro Lobato. Dentre as principais obras citam-se, “O Sitio do Pica-Pau Amarelo”, “Memórias da Emília”, “Caçadas de Pedrinho”, “Reinações de Narizinho” dentre outras. É importante que os mestres do Brasil tenham a sensibilidade de levar às crianças os ensinamentos constantes dos escritos de Lobato. Como também, estimulá-las a lêr as inúmeras análises das narrativas de Esopo e La Fontaine. Por exemplo, Esopo: “O Senhor se opõe aos soberbos e favorece os humildes” em “Os galos e a águia”/ “Não se deve auferir ganhos desonestos” em “As abelhas e o pastor”; La Fontaine: “Não devemos subestimar os outros” em “O leão e o rato”/ às vezes recebemos na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos” em “A raposa e a cegonha”.
*Integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará
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