Apenas 4% dos brasileiros consideram os coágulos sanguíneos como a maior ameaça à vida.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Bayer em 2014, em 20 países nos cinco continentes, apenas 4% dos brasileiros consideram os coágulos sanguíneos como a maior ameaça à vida, sendo que 51% afirmaram desconhecer sobre o risco fatal de uma trombose não tratada. Outro fato desconhecido é que uma em cada quatro pessoas no mundo morrem em decorrência dessa desordem no processo de coagulação, que pode levar a sérios problemas de saúde, como infarto, acidente vascular cerebral, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Todo ano ocorrem aproximadamente 10 milhões de casos de tromboembolismo venoso (TEV) no mundo, sendo que a cada 37 segundos morre uma pessoa com a doença no ocidente.
A Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombosis and Haemostasis - ISTH) costuma fazer ações com o objetivo de chamar a atenção para um problema de saúde que é crescente na população. Este ano falaram sobre a conscientização sobre o tromboembolismo venoso (TEV). Segundo a entidade, mais de 60% dos casos ocorrem durante ou após a hospitalização, sendo considerado a principal causa evitável de morte hospitalar. Porém, apenas 25% dos adultos sabe que a hospitalização representa um fator de risco para o TEV.
Apesar do alto índice de mortalidade, o tromboembolismo venoso ainda é desconhecido por grande parte da população. O termo é utilizado para designar a combinação de duas doenças: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). Enquanto a primeira é causada pela obstrução de veias por formação de coágulos, geralmente nos membros inferiores, a segunda ocorre quando o trombo se desprende e se aloja no pulmão, bloqueando o fluxo sanguíneo.
Além da atenção especial para o tratamento preventivo de pacientes que estão hospitalizados ou imobilizados, outros fatores também merecem cuidado por representarem riscos para o desenvolvimento do tromboembolismo venoso: permanecer sentado por muito tempo, seja no dia a dia do trabalho ou em longas viagens; período de gestação e pós-parto; tabagismo; problemas cardíacos; histórico familiar; alterações genéticas; sobrepeso/obesidade e a falta de atividade física. Para prevenir as chances do surgimento de um coágulo, deve-se evitar longos períodos sem mobilidade e dedicar alguns minutos para fazer curtas caminhadas durante as atividades diárias.
"Caso o paciente passe a sentir dor, sensibilidade, inchaço, vermelhidão e ardor nas pernas, deve consultar-se o quanto antes com um médico para avaliação da possibilidade de diagnóstico de trombose. Já o paciente que suspeita de embolia pulmonar tem sintomas como falta de ar sem motivo ou respiração rápida, dor no peito, tonturas ou desmaios", afirma o Dr. João Carlos Guerra, hematologista e vice-presidente do Grupo Cooperativo Latino Americano de Hemostasia e Trombose (CLAHT).
A data, escolhida por ser o aniversário de Rudolf Virchow, médico alemão que, pela primeira vez, criou o termo "trombose" e foi autor de muitos trabalhos que promoveram a compreensão da patologia, busca aumentar a conscientização e reduzir as mortes e incapacidades causadas pela doença tromboembólica proporcionando um conhecimento maior sobre suas causas, fatores de risco, sinais e sintomas, baseada em evidências sobre prevenção e tratamento.
"O tratamento mais comum é feito com os fármacos anticoagulantes, que detêm tanto a formação de trombos nos vasos sanguíneos como o crescimento dos já existentes, mas não podem dissolver os já formados. Cada indivíduo tem uma necessidade e também algumas restrições dependendo da sua condição. Por isso, é primordial a avaliação e o acompanhamento médico para a melhora do paciente", esclarece o especialista.
O tratamento é clínico com o uso de medicamento que pode durar de três a seis meses geralmente, além de orientações como usar meias elásticas apropriadas e elevação das pernas durante o descanso, para os casos de trombose venosa profunda nos membros inferiores, por exemplo. Os medicamentos utilizados no tratamento são anticoagulantes, como as heparinas, os dicumarínicos, e os chamados Novos Anticoagulantes Orais - NOACs, como a apixabana, dabigatrana e rivaroxabana - mais conhecido como Xarelto®, da Bayer, que controlam a formação e extensão de coágulos já formados no corpo e evitam suas complicações.
"Os NOACs fazem parte de uma evolução na área de anticoagulação e, além de sua eficiência e segurança, possibilita um tratamento para o paciente com mais qualidade de vida por não necessitar do monitoramento de seu efeito anticoagulante de rotina. Devido a sua posologia, dependendo de cada caso, permite o tratamento em casa e com acompanhamento médico. A conscientização e a prevenção sobre os fatores de risco, sinais, sintomas e importância da mudança de estilo de vida são fundamentais. A necessidade de atenção ao permanecer sentado por muito tempo em viagens aéreas de longa distância é bastante conhecida, mas pouco se discute sobre o risco associado a manter-se nesta posição durante longas horas no dia a dia de trabalho ou durante o uso do computador, o que também podem contribuir para aumento do risco. "Assim a mensagem que fica é cuide-se, movimente-se e se acreditar que esta sob risco, procure seu médico", conclui o Dr. Guerra.
Campanha Time2Move
Para cada hora adicional que se permanece sentado, o risco de desenvolver um coágulo sanguíneo na perna aumenta em 10%. Por isso, pequenas ações no dia a dia, como levantar para pegar uma água ou café, usar as escadas e fazer caminhadas curtas, ajudam a prevenir o TEV. A campanha Time2Move consiste no uso de um pedômetro ou aplicativo de contagem de passos, onde as pessoas são convidadas a aderir a se movimentar e registrar diariamente a sua quantidade de passos.
Criada em 2014, a campanha evoluiu para uma iniciativa contínua e mundial que contribui para o aumento do conhecimento e conscientização das pessoas sobre coágulos sanguíneos venosos, com o objetivo de incentivá-las a entrar no movimento contra a trombose. Além disso, a ação ajuda a entender sobre os sinais, sintomas e fatores de risco do tromboembolismo venoso.
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A Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombosis and Haemostasis - ISTH) costuma fazer ações com o objetivo de chamar a atenção para um problema de saúde que é crescente na população. Este ano falaram sobre a conscientização sobre o tromboembolismo venoso (TEV). Segundo a entidade, mais de 60% dos casos ocorrem durante ou após a hospitalização, sendo considerado a principal causa evitável de morte hospitalar. Porém, apenas 25% dos adultos sabe que a hospitalização representa um fator de risco para o TEV.
Apesar do alto índice de mortalidade, o tromboembolismo venoso ainda é desconhecido por grande parte da população. O termo é utilizado para designar a combinação de duas doenças: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). Enquanto a primeira é causada pela obstrução de veias por formação de coágulos, geralmente nos membros inferiores, a segunda ocorre quando o trombo se desprende e se aloja no pulmão, bloqueando o fluxo sanguíneo.
Além da atenção especial para o tratamento preventivo de pacientes que estão hospitalizados ou imobilizados, outros fatores também merecem cuidado por representarem riscos para o desenvolvimento do tromboembolismo venoso: permanecer sentado por muito tempo, seja no dia a dia do trabalho ou em longas viagens; período de gestação e pós-parto; tabagismo; problemas cardíacos; histórico familiar; alterações genéticas; sobrepeso/obesidade e a falta de atividade física. Para prevenir as chances do surgimento de um coágulo, deve-se evitar longos períodos sem mobilidade e dedicar alguns minutos para fazer curtas caminhadas durante as atividades diárias.
"Caso o paciente passe a sentir dor, sensibilidade, inchaço, vermelhidão e ardor nas pernas, deve consultar-se o quanto antes com um médico para avaliação da possibilidade de diagnóstico de trombose. Já o paciente que suspeita de embolia pulmonar tem sintomas como falta de ar sem motivo ou respiração rápida, dor no peito, tonturas ou desmaios", afirma o Dr. João Carlos Guerra, hematologista e vice-presidente do Grupo Cooperativo Latino Americano de Hemostasia e Trombose (CLAHT).
A data, escolhida por ser o aniversário de Rudolf Virchow, médico alemão que, pela primeira vez, criou o termo "trombose" e foi autor de muitos trabalhos que promoveram a compreensão da patologia, busca aumentar a conscientização e reduzir as mortes e incapacidades causadas pela doença tromboembólica proporcionando um conhecimento maior sobre suas causas, fatores de risco, sinais e sintomas, baseada em evidências sobre prevenção e tratamento.
"O tratamento mais comum é feito com os fármacos anticoagulantes, que detêm tanto a formação de trombos nos vasos sanguíneos como o crescimento dos já existentes, mas não podem dissolver os já formados. Cada indivíduo tem uma necessidade e também algumas restrições dependendo da sua condição. Por isso, é primordial a avaliação e o acompanhamento médico para a melhora do paciente", esclarece o especialista.
O tratamento é clínico com o uso de medicamento que pode durar de três a seis meses geralmente, além de orientações como usar meias elásticas apropriadas e elevação das pernas durante o descanso, para os casos de trombose venosa profunda nos membros inferiores, por exemplo. Os medicamentos utilizados no tratamento são anticoagulantes, como as heparinas, os dicumarínicos, e os chamados Novos Anticoagulantes Orais - NOACs, como a apixabana, dabigatrana e rivaroxabana - mais conhecido como Xarelto®, da Bayer, que controlam a formação e extensão de coágulos já formados no corpo e evitam suas complicações.
"Os NOACs fazem parte de uma evolução na área de anticoagulação e, além de sua eficiência e segurança, possibilita um tratamento para o paciente com mais qualidade de vida por não necessitar do monitoramento de seu efeito anticoagulante de rotina. Devido a sua posologia, dependendo de cada caso, permite o tratamento em casa e com acompanhamento médico. A conscientização e a prevenção sobre os fatores de risco, sinais, sintomas e importância da mudança de estilo de vida são fundamentais. A necessidade de atenção ao permanecer sentado por muito tempo em viagens aéreas de longa distância é bastante conhecida, mas pouco se discute sobre o risco associado a manter-se nesta posição durante longas horas no dia a dia de trabalho ou durante o uso do computador, o que também podem contribuir para aumento do risco. "Assim a mensagem que fica é cuide-se, movimente-se e se acreditar que esta sob risco, procure seu médico", conclui o Dr. Guerra.
Campanha Time2Move
Para cada hora adicional que se permanece sentado, o risco de desenvolver um coágulo sanguíneo na perna aumenta em 10%. Por isso, pequenas ações no dia a dia, como levantar para pegar uma água ou café, usar as escadas e fazer caminhadas curtas, ajudam a prevenir o TEV. A campanha Time2Move consiste no uso de um pedômetro ou aplicativo de contagem de passos, onde as pessoas são convidadas a aderir a se movimentar e registrar diariamente a sua quantidade de passos.
Criada em 2014, a campanha evoluiu para uma iniciativa contínua e mundial que contribui para o aumento do conhecimento e conscientização das pessoas sobre coágulos sanguíneos venosos, com o objetivo de incentivá-las a entrar no movimento contra a trombose. Além disso, a ação ajuda a entender sobre os sinais, sintomas e fatores de risco do tromboembolismo venoso.
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