Rádio Vaticana
A Congregação das Irmãs Doroteias está reunida ,em Roma, desde o passado dia 7 de Outubro no Capítulo geral que se concluirá a 13 deste mês. Fundada no norte da Itália em 1834, por Madre Paula Frassinetti para a formação cristã de jovens, especialmente meninas, esta Congregação está hoje em várias partes do mundo, incluindo três países da África (Angola, Moçambique, Camarões), Portugal e Brasil.
Em Angola está presente desde há 81 anos e tem actualmente no país 76 irmãs e uma casa de formação que reúne candidatas vindas também dos outros dois países africanos. E graças a Deus não têm faltado vocações – frisa a irmã Domingas Jamba, Provincial angolana há cerca de um ano. Em entrevista à nossa emissora explicou que têm em Angola várias escolas, algumas com mais de mil alunos, mas mesmo assim não conseguem dar resposta a todos os pedidos e ficam com o coração apertado quando têm que dizer não a uma criança que quer estudar. Um dos grandes desafios é, portanto, poder ter mais escolas e transmitir valores aos jovens.
Pouco propensa a falar do Capítulo geral, a Irmã Domingas, exprime também a sua alegria pelo Ano da Vida Consagrada que - diz - tem dado origem a oportunidades de encontro entre as congregações para reflexão sobre como transmitir os valores aos jovens e à sociedade em geral, como formar as novas vocacionadas, etc.
Oiça aqui as suas palavras:
Já a Irmã Maria de Lourdes Lima, brasileira, missionária em Moçambique desde há vários anos, considera que o grande desafio da educação no País é a pobreza, a falta de condições para as crianças estudarem. Muitas têm de levar os seus banquitos para se sentarem, ou então sentar-se no chão. Diz ter aprendido em África que se pode viver com pouco e ser alegre.
Quanto ao Ano da Vida Consagrada, considera que tem dado lugar a muitos momentos interessantes de reflexão, mas o grande desafio é estar com os pobres, não só por momentos, mas fazer com que se sentem à "nossa mesa"...
E o Capítulo Geral que estão a ter, e do qual as irmãs falam com relutância, poderá trazer respostas para estes desafios? – perguntamos. Com um sorriso, a Irmã Lourdinha limita-se a dizer que é preciso ter coragem de acompanhar as mudanças do mundo, transformar as obras, se necessário, e olhar para a frente procurando responder às novas exigências com coragem. E sempre com alegria, considera que estão ainda a fazer essa caminhada e esperam terminar com uma luz ao fundo do túnel.
Oiça aqui as suas palavras:
(DA)
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