Por Cristiano Luiz da Costa & Silva
Os dias que cercam a comunidade Aparecidense no início de Outubro trazem a “tona” o momento exato do encontro da Imagem da Virgem da Conceição no Rio Paraíba do Sul, em 1717, há quase trezentos anos.

É no fim do século XVIII que se firmam os primeiros movimentos de emancipação política da Colônia, que mais tarde, precisamente em 1822 tornaria um Império independente, mas ainda sob o comando da Coroa portuguesa, agora moradora ilustre do Rio de Janeiro.
É certo que diversos viajantes, exploradores de Ouro e escravos, bem como desbravadores de terras sempre prestavam culto à pequena virgem negra de fama “milagrosa”, expoente de uma devoção singular e particular em terras do interior da região de São Paulo. Estes movimentos, marcam a presença dos primeiros peregrinos forasteiros nestas terras.
Raízes Católicas somadas à profunda devoção da Família Real portuguesa trouxe a estas terras o Próprio Imperador, Dom Pedro II a prestar culto diante da Virgem, bem como a princesa Isabel, que após assinar o decreto da Abolição (1888) oferta à Santa uma linda coroa, entronizada solenemente no inicio do século XX, ornamentando a cabeça da “Rainha do Brasil” até os dias de hoje.
Após a proclamação da República do Brasil, 1889, Vários foram os Presidentes que aqui estiveram, como Getúlio Vargas na Década de 1930, e mais recentemente a presença de três Papas, João Paulo II (1980: por ocasião da sagração do Santuário Nacional), Bento XVI (2007: por ocasião da realização da V Conferência dos Bispos da América Latina) e Francisco (2013: em visita apostólica por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro).
A presença de tais elementos históricos e personalidades importantes somadas a uma diversidade de manifestações de fé atraem milhões de peregrinos, que diante de suas concepções culturais e religiosas manifestam a fé. A estas manifestações denominamos Religiosidade popular.
Segundo o Documento de Aparecida, os elementos culturais e religiosos auxiliam o entendimento da fé: “A cultura, em sua compreensão maior, representa o modo particular com o qual os homens e os povos cultivam sua relação com a natureza e com seus irmãos, com eles mesmos e com Deus, a fim de conseguir uma existência plenamente humana. (...) A fé só é adequadamente professada, entendida e vivida quando penetra profundamente no substrato cultural de um povo.” (cf. 476-477, 2007)
Muitos são os movimentos de devoção como as Romarias e peregrinações em Família, a busca pelo Atendimento Sacramental, Missas e Confissões, ou o cumprimento de promessas. Um cenário de significativa presença de peregrinos vindos de todas as partes do Brasil e de algumas localidades estrangeiras. O desafio é atender os aspectos culturais daqueles que acorrem ao Santuário para prestar culto e manifestar sua Devoção.
Nas palavras de Dom Darci José, Bispo Auxiliar de Aparecida, “... antes de ser país do Futebol, do Carnaval, a Virgem de Aparecida é o primeiro sinal de identidade nacional do Brasil...”. Esta pertinente definição justifica a necessidade do entendimento cultural que torne a romaria uma efetiva experiência de fé.
Para efetiva prática do Turismo Religioso, onde o objetivo se finda na oportunidade do peregrino, diante de suas características culturais, aproximar-se do sagrado, entende-se necessário a orientação em roteiros religiosos, históricos, culturais e oracionais. No Caso de Aparecida, já existe um trabalho bem estruturado na promoção de visitas guiadas pelas dependências do grande Templo. O entendimento do espaço sagrado em suas esferas estruturais, artísticas e rituais, ratifica efetivamente este movimento de partilha cultural. Podendo em alguns momentos serem motivados por música, teatro, poesia, poemas e outras formas de interatividade.
Os esforços da Igreja do Brasil em implantar a Pastoral do Turismo tem sido um grande passo para melhor orientar o trabalho de evangelizar através da aproximação dos elementos culturais e de devoção do povo. A visita a uma comunidade de negros devotos de São Benedito, ou a grandes centros de peregrinação como Aparecida, deve ressoar a experiência pessoal com o Evangelho de Cristo.
Foto: Thiago Leon
De fato, se voltarmos ao ano do encontro da Imagem, e da disseminação dos primeiros milagres, o contexto ainda era de status de Colonização. No século XVIII, esta região do Vale do Paraíba receberia a estrada real tornando-se o Caminho do ouro, extraído do interior do estado de Minas Gerais e transportado para o litoral do Rio de Janeiro.É no fim do século XVIII que se firmam os primeiros movimentos de emancipação política da Colônia, que mais tarde, precisamente em 1822 tornaria um Império independente, mas ainda sob o comando da Coroa portuguesa, agora moradora ilustre do Rio de Janeiro.
É certo que diversos viajantes, exploradores de Ouro e escravos, bem como desbravadores de terras sempre prestavam culto à pequena virgem negra de fama “milagrosa”, expoente de uma devoção singular e particular em terras do interior da região de São Paulo. Estes movimentos, marcam a presença dos primeiros peregrinos forasteiros nestas terras.
Raízes Católicas somadas à profunda devoção da Família Real portuguesa trouxe a estas terras o Próprio Imperador, Dom Pedro II a prestar culto diante da Virgem, bem como a princesa Isabel, que após assinar o decreto da Abolição (1888) oferta à Santa uma linda coroa, entronizada solenemente no inicio do século XX, ornamentando a cabeça da “Rainha do Brasil” até os dias de hoje.
Após a proclamação da República do Brasil, 1889, Vários foram os Presidentes que aqui estiveram, como Getúlio Vargas na Década de 1930, e mais recentemente a presença de três Papas, João Paulo II (1980: por ocasião da sagração do Santuário Nacional), Bento XVI (2007: por ocasião da realização da V Conferência dos Bispos da América Latina) e Francisco (2013: em visita apostólica por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro).
Foto de: Thiago Leon
Segundo o Documento de Aparecida, os elementos culturais e religiosos auxiliam o entendimento da fé: “A cultura, em sua compreensão maior, representa o modo particular com o qual os homens e os povos cultivam sua relação com a natureza e com seus irmãos, com eles mesmos e com Deus, a fim de conseguir uma existência plenamente humana. (...) A fé só é adequadamente professada, entendida e vivida quando penetra profundamente no substrato cultural de um povo.” (cf. 476-477, 2007)
Muitos são os movimentos de devoção como as Romarias e peregrinações em Família, a busca pelo Atendimento Sacramental, Missas e Confissões, ou o cumprimento de promessas. Um cenário de significativa presença de peregrinos vindos de todas as partes do Brasil e de algumas localidades estrangeiras. O desafio é atender os aspectos culturais daqueles que acorrem ao Santuário para prestar culto e manifestar sua Devoção.
Nas palavras de Dom Darci José, Bispo Auxiliar de Aparecida, “... antes de ser país do Futebol, do Carnaval, a Virgem de Aparecida é o primeiro sinal de identidade nacional do Brasil...”. Esta pertinente definição justifica a necessidade do entendimento cultural que torne a romaria uma efetiva experiência de fé.
Para efetiva prática do Turismo Religioso, onde o objetivo se finda na oportunidade do peregrino, diante de suas características culturais, aproximar-se do sagrado, entende-se necessário a orientação em roteiros religiosos, históricos, culturais e oracionais. No Caso de Aparecida, já existe um trabalho bem estruturado na promoção de visitas guiadas pelas dependências do grande Templo. O entendimento do espaço sagrado em suas esferas estruturais, artísticas e rituais, ratifica efetivamente este movimento de partilha cultural. Podendo em alguns momentos serem motivados por música, teatro, poesia, poemas e outras formas de interatividade.
Os esforços da Igreja do Brasil em implantar a Pastoral do Turismo tem sido um grande passo para melhor orientar o trabalho de evangelizar através da aproximação dos elementos culturais e de devoção do povo. A visita a uma comunidade de negros devotos de São Benedito, ou a grandes centros de peregrinação como Aparecida, deve ressoar a experiência pessoal com o Evangelho de Cristo.
A12 08-10-2015.
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