Discurso de Mons. Janusz Urbanczyk, observador do Vaticano na Organização das Nações Unidas em Viena, na 1086ª reunião do Conselho Permanente da OCSE
25 JANEIRO 2016 - THÁCIO SIQUEIRA IGREJA E RELIGIÃO
auschwitz
“A memória do Holocausto, mas também do extermínio planejado dos Rom e dos Sinti e de outros grupos de pessoas tratadas com absoluta maldade por este programa malvado nos chama a um mais profundo e universal respeito pela dignidade de cada pessoa”. É o que declarou mons. Janusz Urbanczyk, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Viena, em discurso na 1086ª reunião do Conselho Permanente da OCSE.Em referência ao Dia Internacional de Comemoração em memória das vítimas do Holocausto, do 27 de janeiro, o prelado – informa a Rádio Vaticana – sublinhou que “o Holocausto nos lembra que se não se reconhece que todos os homens e mulheres fazem parte de uma única grande família e se não convivemos com o nosso vizinho e com o estrangeiro, o que está à frente é a desumanidade. ”
A lembrança daquele drama é, também, segundo Urbanczyk “um aviso para não ceder às ideologias que justificam o desprezo pela dignidade humana”. “Por um lado – acrescentou – há o abuso do nome de Deus para justificar uma violência sem sentido contra pessoas inocentes; por outro, há o cinismo que demonstra o desprezo de Deus e ridiculariza a fé Nele”.
“A dignidade inerente de cada pessoa – disse o delegado do Vaticano – exige que nenhum regime ou ideologia possa se permitir de não considerar e tratar todos os seres humanos como iguais, aos quais o Criador deu direito e dignidade inalienáveis”.
Por último, recordando o 50º aniversário da Declaração conciliar Nostra Aetate sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs, Mons. Urbanczyk menciounou, em seguida, que “a Santa Sé está determinada a continuar com o seu compromisso contra toda forma de anti-semitismo”, porque, como afirmou o Papa Francisco à Sinagoga de Roma, “seis milhões de pessoas, só porque pertencentes ao povo judeu, foram vítimas das barbáries mais desumanas perpetrados em nome de uma ideologia que queria substituir o homem a Deus” e “o passado deve servir-nos de lição para o presente e para o futuro”. Zenit
Nenhum comentário:
Postar um comentário