Apenas entre os anos de 2006 e 2014, a queda registrada foi de mais de 30%.
A indústria química brasileira conta com o desenvolvimento de novas tecnologias e inovações em seus processos de produção para reduzir as emissões de gases causadores de mudanças climáticas. Apenas entre os anos de 2006 e 2014, a redução registrada foi de mais de 30%.
A queda, contabilizada nos dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), teve como principais motivadores a adoção de novas técnicas de produção de derivados químicos e o esforço das empresas para reduzir o consumo de energia elétrica na cadeia de fabricação dos mais diferentes materiais, explica a coordenadora executiva da comissão de meio ambiente do órgão, Claudia de Freitas.
De acordo com informações do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), a indústria química, que em 2004 emitia mais de 11,2 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente, gerou em 2014 cerca de 3,5 milhões de toneladas. A redução mais brusca ocorreu em 2007, ano em que, segundo o Observatório do Clima, a única planta industrial para produção de ácido adípico implantou um projeto de controle das suas emissões, com a instalação de uma unidade de decomposição de óxido nitroso, um dos principais gases do efeito estufa, em nitrogênio.
As iniciativas se somam aos compromissos assumidos pela companhia de gerar 40% das receitas com soluções relacionadas à sustentabilidade, reduzir para metade os acidentes de trabalho, elevar o comprometimento dos funcionários de 75% para 80%, e dobrar o número de funcionários envolvidos em projetos sociais.
Para o futuro, a assessora da Abiquim espera que a indústria química continue a reduzir suas emissões de forma progressiva, mas admite que o ritmo de queda pode não ser o mesmo dos últimos anos. Isso porque, segundo ela, as inovações necessárias para melhorar os processos precisam de tempo para serem desenvolvidas. Ela avalia que o setor deve passar por um período de certa estabilidade nos níveis de geração de gases nocivos até que uma próxima técnica revolucionária seja descoberta.
Termelétrica
A Associação Mineira de Silvicultura (AMS) está em busca de políticas públicas para promover o uso das florestas plantadas na geração de energia elétrica. O objetivo, junto ao governo estadual, é desenvolver ações que incentivem a construção de novas termelétricas para serem abastecidas com cavaco de madeira e, também, para adaptações voltadas às usinas já existentes e hoje abastecidas com combustível fóssil. O projeto é inicial e dependendo do avanço das negociações, em cerca de seis anos será possível ter unidades prontas.
De acordo com o diretor-executivo da AMS, Cesar Augusto dos Reis, o assunto foi discutido com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, na última semana, e, em breve, será apresentado aos demais órgãos do governo que poderão contribuir para o desenvolvimento como, por exemplo, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi).
As expectativas são positivas em relação ao projeto, principalmente pelo cavaco ser uma fonte de energia limpa, o que vem se tornando uma opção cada vez mais adotada no mundo. Além de incentivar o plantio de novas florestas, a utilização para produção de energia elétrica também é uma importante ferramenta para diversificar o mercado dos produtores de madeira.
O uso do cavaco de madeira para a geração de energia elétrica agride menos o meio ambiente durante o processo de queima porque a liberação de dióxido de carbono (CO2) é igual ao CO2 retirado pela atmosfera durante o processo de fotossíntese, fazendo com que a emissão do gás poluente seja nula no processo.
Além do incentivo para a construção de novas termelétricas, a AMS também busca fomento para os pequenos e médios produtores invistam na atividade.
Fonte: Ideia Fixa - Gestão de Informação
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