quinta-feira, 7 de abril de 2016

Polônia: judeus e católicos discutem a emergência dos refugiados

O rabino-chefe da Polônia, Michael Schudrich, abriu ontem a conferência internacional em Varsóvia evocando a experiência do êxodo judaico para reforçar a sensibilidade para com os refugiados
Syrian_refugees
WIKIMEDIA COMMONS
“A experiência do êxodo dos judeus deve hoje ajudar a fortalecer a sensibilidade para com os outros refugiados”, afirmou ontem o rabino-chefe da Polônia, Michael Schudrich, em Varsóvia, ao abrir a conferência internacional de católicos e judeus dedicada à emergência dos migrantes.
Em seu discurso, o rabino apontou que a atitude para com os judeus, adotada “por sacerdotes e católicos poloneses, pode ser um exemplo para o mundo inteiro”. Ele reconheceu que “a pequena comunidade judaica na Polônia recebeu muitas coisas boas dos ‘irmãos mais novos na fé’” e observou que são os judeus, agora, os que têm de levantar a voz e agir contra o que acontece em lugares onde as pessoas estão sendo mortas por causa da sua religião”. O rabino sublinhou: “No mundo, são mortos mais cristãos do que judeus”.
Participam da conferência, que termina nesta quinta-feira, 7 de abril, o cardeal Kurt Koch, presidente da Comissão do Vaticano para as Relações Religiosas com os Judeus; Martin Budd, presidente do Comitê Judaico Internacional para Consultas Inter-Religiosas; Anna Azari, embaixatriz do Estado de Israel na Polônia, bem como vários bispos poloneses liderados pelo presidente do episcopado local, dom Stanislaw Gadecki. Foi de Gadecki, em 1997, a proposta de que a Igreja na Polônia criasse o Dia do Judaísmo, celebrado em 17 de janeiro de cada ano. Zenit

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