Padre Geovane Saraiva*
O Reino de Deus é dinâmico e os
alicerces foram estabelecidos por Nosso Senhor Jesus Cristo, há mais de dois mil anos, quando nos
prometeu, depois de partir para o Pai, o Espírito Restaurador e Santificador.
Como é gigantesca a força do Espírito do Senhor Jesus, que continua a dizer aos
homens e mulheres de hoje: “O que vos peço é que não os tireis do mundo, mas os
livreis do mal” (Jo 17, 15).
Por isso mesmo suplicamos que o
Espírito Santo venha reavivar nosso coração, sem nos esquecermos de colocar em
nossas mãos e em nossa boca o amor solidário e fraterno, assemelhando-nos a
Jesus, ao entrelaçar caridade e oração, nas palavras de Madre Teresa: “As mãos
que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam”.
O mundo, no qual estamos
inseridos, é profundamente conturbado e assaz marcado pela ausência de paz,
evidenciado nos sinais de morte e violência de toda natureza. Só mesmo um mundo
inflamado da força incomensurável da bondade misericordiosa de Deus e
consciente de que a Igreja é organização de voluntários, da qual se espera
muito de seus membros, não só com obrigações e vínculos, mas, sobretudo, com
clareza de convicção, pelos atos de seus membros, no mais profundo e generoso
amor ao próximo, com o mesmo amor com que Jesus amava.

Como são excelsos os dons do
Espírito Santo, entendidos por sua infusão, sua força renovadora e alentadora,
sem esquecer sua presença viva e atuante. Mas como nos converter ao seu
projeto de amor? Jamais podemos prescindir da raiz da nossa vocação, a filiação
divina, convencendo-nos sempre mais do sonho da construção de um mundo mais
humano, segundo a vontade de Deus, no que o Papa Francisco também asseverou: “O
imenso dom de amor, que é a morte de Jesus na cruz, brotou para toda a
humanidade como uma cascata enorme de graça: a efusão do Espírito Santo. Quem
mergulha com fé nesse mistério de regeneração renasce para a plenitude da vida
filial”.
Convencidos de que somos enviados
a anunciar as maravilhas de Deus, como continuadores da missão do nosso Mestre
e Senhor, ofertando largamente ao mundo os mesmos dons recebidos no batismo,
mergulhados, evidentemente, no inefável mistério do próprio Deus, numa
vastíssima diversidade de dons, ministérios e atividades, somos chamados a
formar um só corpo, que é a Igreja de Cristo. Eis, pois, estimado leitor, nossa
humilde reflexão. Assim seja!
*Pároco de
Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra a
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com
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