domingo, 8 de maio de 2016

Igreja celebra 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Agência Ecclesia 08 de Maio de 2016, às 09:40 
       
Papa Francisco deixa mensagem para seguidores nas redes sociais
Lisboa, 07 mai 2016 (Ecclesia) - A Igreja Católica celebra este domingo o Dia Mundial das Comunicações Sociais, iniciativa que chega à sua 50.ª edição e que o Papa assinalou com uma mensagem na rede social 'Instagram' para todos os seus seguidores.

"A ti, que da grande comunidade digital, me pedes bênção e oração, quero dizer-te: tu serás o dom precioso na minha oração ao Pai. E não te esqueças de rezar por mim e pelo meu ser servo do Evangelho da Misericórdia", refere o pontífice argentino, que assina 'Franciscus'.

A mensagem do Papa para a celebração deste ano tem como tema ‘Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo’.

Francisco defende que a comunicação nas redes sociais e no mundo digital pode ser “autêntica” e “humana”.

“Emails, SMS, redes sociais, chats podem ser formas de comunicação plenamente humanas. Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor”, escreve.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é celebrado desde 1966 no domingo anterior à festa do Pentecostes.

Depois de assinalar que as redes sociais são capazes de “favorecer as relações e promover o bem da sociedade” e de ajudar na construção de “uma verdadeira cidadania”, o Papa deixa alertas em relação a uma possível “maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos”.

“O ambiente digital é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, realizar uma discussão proveitosa ou um linchamento moral”, precisa.

A celebração de 2016 é colocada no contexto do ano santo extraordinário (dezembro de 2015-novembro de 2016), o Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa, deixando votos de que todos consigam ser “mais abertos ao diálogo”.

Francisco convida a Igreja a rejeitar palavras e gestos “duros ou moralistas”, que correm o risco de afastar ainda mais as pessoas.

“Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas. É nosso dever admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos, a fim de libertar as vítimas e levantar quem caiu”, explica.

O Papa refere que é “fundamental escutar” para fazer da comunicação uma verdadeira partilha, distinguindo esta atitude do simples “ouvir”, porque ultrapassa o âmbito da informação e “requer a proximidade”, admitindo que “escutar nunca é fácil”.

No âmbito da comemoração desta jornada, o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais lançou esta quinta-feira, em Lisboa, um livro com todas as mensagens que os Papas dedicaram a este tema, bem como o prémio de jornalismo ‘D. Manuel Falcão’.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, instituído pelo Concílio Vaticano II, é celebrado pela Igreja Católica desde 1967 no domingo anterior à festa do Pentecostes.

Em Portugal, o ofertório das celebrações dominicais reverte a favor do trabalho da Igreja nas Comunicações Sociais, em cada dioceses e nas atividades de âmbito nacional.

OC

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