quinta-feira, 9 de junho de 2016

Vaticano: Movimentos são «dons que rejuvenescem a Igreja»

Agência Ecclesia 09 de Junho de 2016, às 10:09       
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Cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, fala sobre a nova carta «Iuvenescit Ecclesia» que será publicada a 14 de junho

Cidade do Vaticano, 09 jun 2016 (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé diz que carta que será publicada a 14 de junho sobre os vários movimentos existentes no meio da Igreja  mostra a importância que o Vaticano dá ao contributo destas expressões de fé.

“Estas novas realidades têm a finalidade de fazer rejuvenescer a Igreja, ou seja, são dons para renovar a vida de fé do Povo de Deus”, frisou o cardeal Gerhard Ludwig Müller, em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano.

Intitulado ‘Iuvenescit Ecclesia’, ou seja, ‘Rejuvenesce Igreja’, o novo documento aborda “a relação entre a hierarquia católica, os seus bispos, e as novas agregações e movimentos eclesiais” e foi aprovada pelo Papa em março.

Para o responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé, a carta vem ainda desmentir decisivamente “quem afirma que Francisco não aprecia muito os movimentos”.

“Um Papa não pode não amar aquilo que o Espírito suscita em benefício de tantos homens, cujo coração espera Deus muitas vezes sem o saberem, e em favor de todo o povo de Deus, que é o primeiro destinatário destes dons”, salientou.

“Sem dúvida, estes dons foram muitas vezes uma novidade impetuosa e até necessitada de purificação. Talvez tenham sido um pouco como filhos que vieram ao mundo sem terem sido programados”, reflete aquele responsável.

“Mas quem é deveras pai ou mãe, quando os filhos nascem ama-os e cuida deles como e até mais do que os outros”, acrescenta D. Gerhard Müller.

O cardeal destaca ainda uma caraterística do atual pontificado do Papa Francisco que favorece a relação com os movimentos, a total aversão à “autorreferencialidade”.

“Isto torna possível conciliar também as atividades dos movimentos, muitas vezes fortemente identitários”, aponta o prelado, recordando que “o verdadeiro diálogo começa sempre com um intercâmbio de dons entre duas identidades”.

JCP

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