Belém (RV) – A Amazônia é historicamente alvo de depredação, desmatamento, biopirataria, queimadas, tráfico de drogas e de pessoas, prostituição infantil, desrespeito pelas áreas indígenas, ao que se somam as grandes obras e o impacto que acarretam, em função do ganho econômico que proporcionam para poucos.
Como pode a Igreja estar presente neste imenso território, diante também da queda de vocações? O projeto Igrejas-irmãs quer dar uma resposta a este desafio, vista também a disparidade numérica entre o Norte e o Sudeste.
Membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo auxiliar de São Luis, (MA) está em Belém e é um dos promotores do Encontro da Igreja católica na Amazônia com as igrejas irmãs, que será realizado nos dias 17 e 18 de novembro, reunido em Belém bispos de cerca de 30 dioceses parceiras da Amazônia aos bispos amazônicos já presentes na capital paraense. Ele nos falou sobre as perspectivas deste evento, há 25 anos do primeiro:
“Em primeiro lugar, vamos agradecer por todos os passos dados nestes anos. Em segundo lugar, verificar que em muitas Igrejas da Amazônia e também do Nordeste as vocações nativas foram surgindo. Isto muda a relação com as Igrejas-irmãs e aquela ideia inicial de que quem envia é quem colabora, vai mudando, porque agora se vê a importância daqueles que recebem, no caso especial da Amazônia, possam também contribuir com a sua experiência e com a sua vida para aquelas Igrejas que enviam. Isto é muito importante; por isso, este Encontro vai ajudar a refazer todo esse projeto, a fim de que nós possamos continuar sendo Igreja missionária dentro do Brasil e missionária também que já envia para outros países. Vemos com alegria dioceses do Brasil, inclusive da Amazônia, que já enviam missionários – padres, leigos e religiosos – para a África e para outros lugares”.
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