quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nenhum país no rumo certo para conter aquecimento abaixo de 2ºC

 domtotal.com
No Acordo de Paris, 196 países se comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2ºC e, se possível, abaixo de 1,5ºC.
Os Estados Unidos obtiveram uma classificação
Os Estados Unidos obtiveram uma classificação "pobre", perdendo terreno em todas as categorias.

Nenhum país está alterando sua matriz energética suficientemente rápido para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius, segundo um ranking de 58 nações responsáveis por 90% das emissões de CO2 relacionadas com combustíveis fósseis, divulgado nesta quarta-feira.

Apesar do aumento da produção de energias renováveis, especialmente solar e eólica, "a revolução energética necessária ainda está acontecendo muito lentamente", destacou o Índice de Desempenho de Mudanças Climáticas de 2017, apresentado paralelamente à conferência da ONU sobre o clima em Marrakesh (COP22).

A avaliação anual das políticas e ações nacionais para deter o aquecimento global revelou que a União Europeia passou de líder para atrasada, com exceção de alguns de seus Estados-membros.

A França ficou no topo da lista, em parte devido ao seu papel na condução do histórico Acordo de Paris, assinado na capital francesa em dezembro passado.

A Suécia e o Reino Unido levaram a prata e o bronze, devido, principalmente, a políticas postas em prática por governos que já não estão no poder.

Canadá, Austrália e Japão ficaram na parte inferior do ranking, embora as recentes mudanças de governo em Camberra e Ottawa permitam antecipar futuras melhorias.

Os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo depois da China, obtiveram uma classificação "pobre", perdendo terreno em todas as categorias, segundo o relatório.

Se o presidente eleito, Donald Trump, levar adiante as ameaças de retirar os Estados Unidos do pacto de Paris, a posição americana no ranking certamente cairá mais.

Até a China - que reduziu drasticamente o seu consumo de energias fósseis enquanto constrói instalações para produzir energia solar e eólica - obteve uma marca ruim, ficando no 48º lugar entre as nações.

"Os governos nacionais não têm mais desculpas para não consagrar o Acordo de Paris na legislação nacional", disse Jan Burck, da organização Germanwatch, principal autor do relatório.

O fato de o crescimento das energias renováveis continuar em ritmo acelerado apesar dos baixos preços do petróleo é um sinal positivo, acrescentou.

"Até agora, a queda nos preços do petróleo não causou um aumento na demanda por essa fonte de energia, ao mesmo tempo em que um número crescente de países está começando a virar as costas para o carvão", disse Burck.

No Acordo de Paris, 196 países se comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2ºC e, se possível, abaixo de 1,5ºC.

AFP

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