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O enviado do Vaticano, Claudio Maria Celli, afirmou após reuniões com ambos os lados que eles teriam uma reunião técnica até 13 de janeiro.
Ambos os lados irão continuar se reunindo com os facilitares do diálogo. (AFP)
Por Corina Pons e Andreina Aponte
Caracas - Um representante do Vaticano tentou na noite de terça-feira recuperar as negociações entre o governo da Venezuela e a oposição, após os adversários do presidente Nicolás Maduro dizerem que iriam ficar de fora das reuniões a menos que fossem feitas concessões.
A oposição da Venezuela desprezou uma reunião marcada com autoridades do governo na terça-feira, dizendo que promessas feitas pelo governo não foram mantidas.
As esperanças de uma aproximação verdadeira durante as negociações formais, que começaram em outubro com a mediação do Vaticano, sempre foram escassas. Ambos os lados estão em desacordo, com a oposição buscando a expulsão do socialista Maduro, enquanto as autoridades do governo garantem que ele não deixará o cargo antes do fim do seu mandato em 2019.
"Apenas nos reuniremos com o governo quando eles cumprirem o que foi acordado", disse o líder da coalizão de oposição Jesus Torrealba após reunião com mediadores.
Os dois lados fizeram tentativas de chegar a um acordo, incluindo deixar potencialmente que doadores estrangeiros providenciem alimentos e remédios ao país e trabalhar na direção de substituir diretores da autoridade eleitoral nacional, a quem a oposição chamou de fantoches do governo.
A oposição também pressionou pela liberação do que diz ser mais de 100 ativistas presos. Alguns foram liberados desde o início das negociações, mas a oposição disse ser insuficiente.
Ambos os lados, no entanto, irão continuar se reunindo com os facilitares do diálogo, disse Torrealba. Ele acrescentou que os facilitadores fizeram propostas para retomar o diálogo "para que seja útil para o país e gere resultados."
O enviado do Vaticano, Claudio Maria Celli, afirmou após reuniões com ambos os lados que eles teriam uma reunião técnica até 13 de janeiro para discutir questões incluindo "justiça e direitos humanos" bem como "gerar confiança no calendário eleitoral".
Reuters
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