domingo, 1 de outubro de 2017

Micropartículas plásticas são achadas na água potável de vários países

 domtotal.com
Levando em conta que uma pessoa bebe entre dois e três litros de água por dia, ela poderia ingerir entre 3.000 e 4.000 micropartículas por ano.
A análise feita por um laboratório da Universidade de Minnesota demonstrou que
A análise feita por um laboratório da Universidade de Minnesota demonstrou que "83% das amostras continham partículas de plástico". (M.Nelson/Reprodução).

Amostras de água potável extraídas das toneiras em 14 países revelaram a presença quase sistemática de micropartículas de plástico, cujos efeitos para a saúde ainda são desconhecidos, revelou um estudo americano. 

Para realizar o seu trabalho, os pesquisadores das universidades de Minnesota e do estado de Nova York extraíram 159 amostras no início de 2017 em diferentes países europeus, nos Estados Unidos e em outros locais como Uganda, Índia, Indonésia, Líbano e Equador.

A análise feita por um laboratório da Universidade de Minnesota demonstrou que "83% das amostras continham partículas de plástico", segundo o relatório dos pesquisadores intitulado "Invisível: o plástico em nosso interior".

O número de micropartículas de plástico encontradas por litro variou de 0 a 57, com uma medida de mais de quatro por litro, e seu tamanho oscilava entre 0,1 e 5 milímetros.

Levando em conta que uma pessoa bebe entre dois e três litros de água por dia, ela poderia ingerir entre 3.000 e 4.000 micropartículas por ano, calcularam os pesquisadores.

"A densidade mais alta de plástico foi encontrada na América do Norte e a mais baixa nos países europeus", assinalaram.

Ainda não se sabe os efeitos da presença dessas micropartículas, mas os autores do relatório recordaram que estudos anteriores demonstraram que podiam difundir substâncias químicas e bactérias.

"Estas partículas de plástico (presentes na água potável) se juntam aos plásticos que uma pessoa pode consumir em outros produtos como o sal marinho, a cerveja e os frutos do mar", asseguraram os cientistas, que pediram uma intensificação nas pesquisas sobre os efeitos de sua ingestão para a saúde humana.


AFP

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