terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Natal: É um convite permanente à «esperança», diz bispo de Portalegre-Castelo Branco

Agência Ecclesia 19 de Dezembro de 2017, às 13:33  
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D. Antonino Dias realça mistério de amor pela humanidade que nunca se tornará abstrato

Portalegre, 19 dez 2017 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco diz que o tempo de Natal é um convite permanente à “esperança” e à convicção de que Deus nunca abandona a humanidade perante “a sua fragilidade”.

Na sua mensagem para a quadra natalícia deste ano, D. Antonino Dias reconhece que no ano que passou “a desolação, o desânimo e a desistência bateram à porta de muita gente”, devido a um conjunto de acontecimentos que abalaram Portugal e o mundo.

Como a realidade “devastadora dos incêndios” que atingiram o país ao longo deste Verão, causando mais de 100 mortos e destruindo casas, empresas e centenas de milhares de hectares de florestas.

“Implacáveis (os fogos) fizeram imperar a destruição da casa comum que é a natureza, acumularam dolorosamente o sofrimento humano, ceifaram pessoas e destruíram famílias, mataram animais e devastaram bens essenciais fruto do trabalho e da dedicação humana”, recorda o prelado.

Um ano em que continuaram a imperar realidades como a pobreza, o desemprego, a droga e o alcoolismo, ou a solidão, expressa no “sofrimento de tantas pessoas que vivem sozinhas e doentes ou são abandonadas nos Lares, com frieza e ingratidão dos mais chegados”.

No plano global, o responsável católica lembra um ano que “colocou a humanidade diante do risco de novos conflitos à escala mundial, deu a provar o sabor das novas ditaduras, escaqueirou os princípios éticos em manifestações variadas de corrupção, confrontou as pessoas com a violência e as agressões gratuitas, surpreendeu com uma autêntica desumanização civilizada”.

E mostrou “a fragilidade e a dificuldade da educação e da liberdade, o falhanço dos projetos, a debilidade dos compromissos, a apetência pela indiferença e pelo egoísmo”.

Perante todos estes obstáculos, poderiam haver “pelo menos dois caminhos”, aponta D. Antonino Dias, o da vitimização e estagnação, ou o do “empreender caminho”.

“Ora, o Natal é sempre a segunda opção”, frisa aquele responsável.

JCP

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