quarta-feira, 25 de abril de 2018

Portugal: Dia da Liberdade, 44 anos da Revolução dos Cravos

Resultado de imagem para Portugal: Dia da Liberdade, 44 anos da Revolução dos CravosPortugal comemora hoje (25) 44 anos da Revolução dos Cravos, como ficou conhecida a revolta que marcou o fim da ditadura do Estado Novo. Apesar de abalar as estruturas políticas e econômicas do país, a Revolução dos Cravos transcorreu sem manifestações de violência. A população saiu às ruas e distribuiu cravos vermelhos aos soldados rebeldes, que colocaram as flores nos canos dos fuzis. A data se tornou o Dia da Liberdade.
Comemorações

Como parte das tradicionais comemorações, o dia começou com uma sessão solene na Assembleia da República. Antes das 9h (horário local), os políticos já começavam a chegar ao Parlamento português.

O presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, fez o discurso de abertura e o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, falou no encerramento. À tarde, a partir das 15h, o Parlamento abrirá as portas ao público para visitas livres e atividades culturais. Pela primeira vez, os visitantes poderão circular entre o edifício da Assembleia da República e a residência oficial do primeiro-ministro, espaços ligados por jardins comuns.
Lisboa terá ainda uma extensa programação ao longo de todo o dia. Às 13h, será inaugurado o Jardim Mário Soares, na zona do Campo Grande, em homenagem àquele que é considerado um dos grandes nomes da democracia portuguesa. Mário Soares lutou contra a ditadura na década de 70, foi preso e exilou-se na França. Voltou a Portugal, onde construiu uma respeitável trajetória política, tendo sido ministro dos Negócios Estrangeiros, presidente da República e primeiro-ministro. Soares morreu em janeiro do ano passado.

Haverá também o tradicional o desfile na Avenida da Liberdade, previsto para começar às 15h, partindo da estátua de Marquês de Pombal. Sob o lema “Abril de novo, com a força do povo”, o desfile seguirá até o Rossio. São esperadas milhares de pessoas para o desfile, que é sempre enfeitado por cravos vermelhos, o símbolo da Revolução.

O desfile pode ficar ainda mais atrativo para quem conseguir pegar carona em um dos 50 tuk-tuks (pequenos veículos usados em passeios turísticos) que estarão disponíveis, a partir das 16h, para passeios gratuitos. O ponto de encontro é no Marquês de Pombal. As viagens duram cerca de 40 minutos e passam por locais importantes que marcaram a Revolução.

No Museu do Aljube, dedicado à memória do combate à ditadura e da resistência em prol da liberdade e da democracia, haverá, durante todo o dia de hoje, a coleta de testemunhos e objetos de ex-prisioneiros e resistentes da ditadura que estejam dispostos a partilhar suas memórias. No museu funcionou a prisão à época do regime.

Outras cidades, como Porto e Vila Nova de Gaia, também terão programações especiais, com museus abertos ao público, desfiles e espetáculos musicais e de fogos de artifícios.

Com Ag Brasil

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