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Sua casa está em chamas. Quem você escolhe para salvar: seu filho ou o cachorro?
Sua casa está em chamas. Quem você escolhe para salvar: seu filho ou o cachorro?
“Imagine essa situação: você chega em casa e vê que ela está em chamas. Nela há dois ocupantes vivos: seu filho e seu cachorro. Você é a única pessoa nas imediações da casa em chamas. O fogo queima com tanta fúria que você tem tempo de salvar ou o seu filho ou o seu cachorro, mas não os dois. Qual deles você escolhe? A resposta é simples. Você salva seu filho.” Esse é um trecho do livro Introdução aos Direitos Animais: Seu filho ou o cachorro?, de Gary L. Francione, que acaba de ser lançado pela Editora da Unicamp, com tradução de Regina Rheda.
Segundo o autor, o nosso pensamento moral sobre os animais baseia-se em duas intuições que envolvem o conceito de necessidade. A primeira é que podemos preferir os humanos quando há conflito verdadeiro entre os interesses dos humanos e os dos animais, como no exemplo da casa em chamas.
A outra intuição é que concordamos que é errado infligir sofrimento desnecessário aos animais, porque reconhecemos que, como nós, e diferentemente das pedras e das plantas, eles são conscientes e podem experienciar a dor e o sofrimento.
No entanto, o fato, como explica Francione, é que a grande maioria dos usos que fazemos dos animais só pode ser justificada pelo hábito, a convenção, o divertimento, a conveniência ou o prazer, ou seja, o sofrimento que impomos aos animais é completamente desnecessário.
O motivo dessa inconsistência entre o que dizemos sobre os animais e como os tratamos é a condição dos animais como nossa propriedade. “Os animais são mercadorias que possuímos e cujo único valor é aquele que nós, como proprietários, escolhemos lhes dar,” explica.
Com explicações claras, Introdução aos Direitos Animais expõe o diagnóstico e a causa da maneira delusória de como pensamos e agimos em relação aos animais e propõe a cura para que todos os animais tenham seus interesses respeitados. Uma leitura acessível e essencial para todos aqueles que têm o mínimo de consideração pelos animais.
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