Aliar consumo e sustentabilidade é um grande desafio, uma vez que é necessário repensar toda uma lógica não só de consumo em si, mas do que se produz na sociedade. A análise é de Carlos Frederico Bernardo Loureiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele participou, na tarde desta segunda-feira (27), do seminário ‘Educação ambiental: resíduos e meio ambiente’, realizado na Escola Superior Dom Helder Câmara.
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Organizado pelo grupo de pesquisa ‘Poluição e seus reflexos no impedimento da efetivação da sadia qualidade de vida estabelecido na Constituição Brasileira de 1988', o encontro reuniu mestrandos e docentes na Dom Helder, além da professora Maria da Penha Werneck, também palestrante do seminário.
Descartável
Loureiro ressaltou que existe muita mercadoria de baixíssima necessidade do ponto de vista humano e com custo ambiental muito elevado. “Mais de 90% do que é produzido tem um tempo de vida útil muito curto e, obviamente, a natureza não tem como dar conta de ciclos de mercadorias que duram menos de um ano. A natureza não tem nem como se recompor diretamente, além de reforçar a lógica social de tudo muito descartável”, alertou. Ele destacou também que essa mudança será possível em longo prazo.
Desenvolver o tema na academia de maneira central é um dos pontos importantes indicados pelo professor. No entanto, reconhece que no universo acadêmico em geral, a discussão ambiental ainda é colocada como um elemento secundário, ao passo que deveria ser o ponto central.
“Pensando exclusivamente no processo de formação das pessoas, é fundamental que a gente cada vez mais invista para que a questão ambiental seja estruturante do conjunto das formações, sem ser tratada como um elemento apenas complementar”, concluiu.
Problemas crônicos
Para Maria da Penha, que abordou o tema “Sustentar Biodiversidade & Transformação Cultural", o homem é o único ser capaz de fazer transformação em seu meio. “É processual, é estrutural. São problemas crônicos que estão colocados na questão do ambiente. Falo assim porque considero o ambiente por inteiro e não apenas meio ambiente, como nós estamos acostumados a falar”, disse a palestrante em entrevista à reportagem do DomTotal.
“Esse ambiente envolve as questões sociais, as econômicas e as de desenvolvimento”, disse, ao lembrar que a sociedade deve ‘procurar ter somente o necessário’.
Além das palestras, mestrandos e participantes do seminário fizeram perguntas ao palestrantes. Cada participante contribuiu com um litro de leite. Todo os litros arrecadados serão doados para a instituição Caminhos de Jesus.
Sobre o grupo
Coordenado pela professora Beatriz Souza Costa, o grupo de pesquisa foi criado em fevereiro deste ano. Reúne professores, mestrandos e doutorandos da Escola Superior Dom Helder Câmara.
Ao desenvolver pesquisas, o grupo objetiva demonstrar a vulnerabilidade socioambiental, analisar as políticas relativas à poluição em algumas cidades brasileiras, tendo como parâmetro Belo Horizonte. A pesquisa tem por objetivo desenvolver também um seminário por semestre, relativo ao tema.
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Organizado pelo grupo de pesquisa ‘Poluição e seus reflexos no impedimento da efetivação da sadia qualidade de vida estabelecido na Constituição Brasileira de 1988', o encontro reuniu mestrandos e docentes na Dom Helder, além da professora Maria da Penha Werneck, também palestrante do seminário.
Descartável
Loureiro ressaltou que existe muita mercadoria de baixíssima necessidade do ponto de vista humano e com custo ambiental muito elevado. “Mais de 90% do que é produzido tem um tempo de vida útil muito curto e, obviamente, a natureza não tem como dar conta de ciclos de mercadorias que duram menos de um ano. A natureza não tem nem como se recompor diretamente, além de reforçar a lógica social de tudo muito descartável”, alertou. Ele destacou também que essa mudança será possível em longo prazo.
Desenvolver o tema na academia de maneira central é um dos pontos importantes indicados pelo professor. No entanto, reconhece que no universo acadêmico em geral, a discussão ambiental ainda é colocada como um elemento secundário, ao passo que deveria ser o ponto central.
“Pensando exclusivamente no processo de formação das pessoas, é fundamental que a gente cada vez mais invista para que a questão ambiental seja estruturante do conjunto das formações, sem ser tratada como um elemento apenas complementar”, concluiu.
Problemas crônicos
Para Maria da Penha, que abordou o tema “Sustentar Biodiversidade & Transformação Cultural", o homem é o único ser capaz de fazer transformação em seu meio. “É processual, é estrutural. São problemas crônicos que estão colocados na questão do ambiente. Falo assim porque considero o ambiente por inteiro e não apenas meio ambiente, como nós estamos acostumados a falar”, disse a palestrante em entrevista à reportagem do DomTotal.
“Esse ambiente envolve as questões sociais, as econômicas e as de desenvolvimento”, disse, ao lembrar que a sociedade deve ‘procurar ter somente o necessário’.
Além das palestras, mestrandos e participantes do seminário fizeram perguntas ao palestrantes. Cada participante contribuiu com um litro de leite. Todo os litros arrecadados serão doados para a instituição Caminhos de Jesus.
Sobre o grupo
Coordenado pela professora Beatriz Souza Costa, o grupo de pesquisa foi criado em fevereiro deste ano. Reúne professores, mestrandos e doutorandos da Escola Superior Dom Helder Câmara.
Ao desenvolver pesquisas, o grupo objetiva demonstrar a vulnerabilidade socioambiental, analisar as políticas relativas à poluição em algumas cidades brasileiras, tendo como parâmetro Belo Horizonte. A pesquisa tem por objetivo desenvolver também um seminário por semestre, relativo ao tema.
Redação DomTotal
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