A experiência de ser estrangeiro é uma das mais ricas, mas também uma das mais duras. Rica porque a experiência do encontro com outra cultura, com o diferente, amplia horizontes e muda perspectivas de vida. Dura porque exige um deslocamento existencial, mais que um deslocamento físico. Hábitos e obviedades em uma cultura não o são do mesmo modo em outra e isso pode gerar incômodos e inconvenientes diversos que obrigam à resiliência.
Gosto da imagem do sair da própria terra. Muitos que fazem a experiência de ser estrangeiros sentem bem o que é isso, o que é estar sem seu solo, o que é estar desolado. E gosto da imagem da terra porque, como na narrativa bíblica em que o homem é feito da matéria do chão, somos compostos também pelo conjunto de valores, crenças, hábitos, modos de proceder dos lugares em que nos situamos. Sentimo-nos mais ou menos seguros nos ambientes em que transitamos melhor, nos caminhos já conhecidos.
Isso acontece também em outras situações não espaciais. Conversar sobre um assunto que lhe é familiar pode trazer mais segurança por se tratar de um território que você domina. Mesmo ideias aceitas por uma maioria são chamadas de lugar comum por aqueles que já ampliaram seu campo de possibilidades dentro de determinada área de saber. Mudar de área, seja ela profissional ou acadêmica, também é fazer-se estrangeiro e implica em aprender outros modos de existir, com suas linguagens e códigos.
Sair da própria terra pode ser profundamente desolador de acordo com o número de chãos que se precisa conquistar: amigos, amores, trabalho, vida social... Se o seu diploma lhe dava um lugar social num país, sem validação, sua própria profissão torna-se lugar a conquistar. Mesmo que os amigos no país de origem continuem a amizade, estar sozinho em terras desconhecidas reforça a experiência de insegurança – coração do outro também é terra que protege e acolhe. A estética e o padrão de beleza também podem mudar, fazendo com que um conquistador se torne um excluído e rejeitado. Dependendo da experiência, perde-se mais ou menos chão.
E nesse sem números de deslocamentos que aquele que sai precisa fazer, há uma sensação constante de estar fora de casa, ainda que já tenha um lugar onde morar. Só entra de fato em terra estrangeira aquele que permite que tal terra entre em si. Habitamos aquilo por que somos habitados. É por isso que gente de espírito livre costuma sentir a sensação de expatriação. Almas ciganas não ficam muito tempo em um lugar. Explorar sem possuir é um imperativo nômade que conjuga a alegria do novo e o mal-estar (de um nunca estar definitivamente). Tem gente que nunca se mudou fisicamente, mas seu coração sempre diz: não sou daqui.
Festa Peruana
As festas típicas são também ocasião de uma comunidade fora de sua pátria reviver suas origens e, ao mesmo tempo, habitar o novo, dando-se a conhecer. Uma dessas experiências acontece dia 26 de Julho, em quarteirão fechado na Savassi (Rua Tomé de Souza, entre Getulio Vargas e Rio Gde. do Norte). Trata-se da Festa Peruana em comemoração ao aniversário da independência do país. O evento que vai das 11h às 21h, com entrada franca, conta com um musical para a criançada e espaço kids, demonstração de Sapo (jogo tradicional), música e artesanato típicos, além das barraquinhas com cebiche, tiradito tricolor, lomo saltado, doces limenhos e muito mais.
Caetano e Gil
Os 50 anos de itinerância de Gil e Caetano estão sendo celebrados com a turnê “Dois amigos, um século de música”, que passará por Belo Horizonte no dia 26 de setembro, no Chevrolet Hall. Eles também se apresentarão em São Paulo (21 e 22 de agosto), Curitiba (28 de agosto), Porto Alegre (29 de agosto), Brasília (3 de outubro) e Rio de Janeiro (16 e 17 de outubro). Os ingressos iniciaram suas vendas para a capital mineira no dia 24 de Julho, com os valores que variam de 150 (arquibancada) a 1200 (mesa próxima ao palco), podendo ser adquiridos no local do evento ou pelo site Tickts for Fun.
Gosto da imagem do sair da própria terra. Muitos que fazem a experiência de ser estrangeiros sentem bem o que é isso, o que é estar sem seu solo, o que é estar desolado. E gosto da imagem da terra porque, como na narrativa bíblica em que o homem é feito da matéria do chão, somos compostos também pelo conjunto de valores, crenças, hábitos, modos de proceder dos lugares em que nos situamos. Sentimo-nos mais ou menos seguros nos ambientes em que transitamos melhor, nos caminhos já conhecidos.
Isso acontece também em outras situações não espaciais. Conversar sobre um assunto que lhe é familiar pode trazer mais segurança por se tratar de um território que você domina. Mesmo ideias aceitas por uma maioria são chamadas de lugar comum por aqueles que já ampliaram seu campo de possibilidades dentro de determinada área de saber. Mudar de área, seja ela profissional ou acadêmica, também é fazer-se estrangeiro e implica em aprender outros modos de existir, com suas linguagens e códigos.
Sair da própria terra pode ser profundamente desolador de acordo com o número de chãos que se precisa conquistar: amigos, amores, trabalho, vida social... Se o seu diploma lhe dava um lugar social num país, sem validação, sua própria profissão torna-se lugar a conquistar. Mesmo que os amigos no país de origem continuem a amizade, estar sozinho em terras desconhecidas reforça a experiência de insegurança – coração do outro também é terra que protege e acolhe. A estética e o padrão de beleza também podem mudar, fazendo com que um conquistador se torne um excluído e rejeitado. Dependendo da experiência, perde-se mais ou menos chão.
E nesse sem números de deslocamentos que aquele que sai precisa fazer, há uma sensação constante de estar fora de casa, ainda que já tenha um lugar onde morar. Só entra de fato em terra estrangeira aquele que permite que tal terra entre em si. Habitamos aquilo por que somos habitados. É por isso que gente de espírito livre costuma sentir a sensação de expatriação. Almas ciganas não ficam muito tempo em um lugar. Explorar sem possuir é um imperativo nômade que conjuga a alegria do novo e o mal-estar (de um nunca estar definitivamente). Tem gente que nunca se mudou fisicamente, mas seu coração sempre diz: não sou daqui.
Festa Peruana
As festas típicas são também ocasião de uma comunidade fora de sua pátria reviver suas origens e, ao mesmo tempo, habitar o novo, dando-se a conhecer. Uma dessas experiências acontece dia 26 de Julho, em quarteirão fechado na Savassi (Rua Tomé de Souza, entre Getulio Vargas e Rio Gde. do Norte). Trata-se da Festa Peruana em comemoração ao aniversário da independência do país. O evento que vai das 11h às 21h, com entrada franca, conta com um musical para a criançada e espaço kids, demonstração de Sapo (jogo tradicional), música e artesanato típicos, além das barraquinhas com cebiche, tiradito tricolor, lomo saltado, doces limenhos e muito mais.
Caetano e Gil
Os 50 anos de itinerância de Gil e Caetano estão sendo celebrados com a turnê “Dois amigos, um século de música”, que passará por Belo Horizonte no dia 26 de setembro, no Chevrolet Hall. Eles também se apresentarão em São Paulo (21 e 22 de agosto), Curitiba (28 de agosto), Porto Alegre (29 de agosto), Brasília (3 de outubro) e Rio de Janeiro (16 e 17 de outubro). Os ingressos iniciaram suas vendas para a capital mineira no dia 24 de Julho, com os valores que variam de 150 (arquibancada) a 1200 (mesa próxima ao palco), podendo ser adquiridos no local do evento ou pelo site Tickts for Fun.
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