terça-feira, 4 de agosto de 2015

Rússia reivindica mais de 1 mi de km² do Ártico


Território incluiria o Polo Norte e daria a Moscou o acesso a 4,9 bi de toneladas de hidrocarbonetos.
Na reivindicação estão as cristas de Mendeleyev e de Lomonósov, também reivindicadas por Dinamarca e Canadá.
A Rússia apresentou nesta terça-feira (4) ante as Nações Unidas um pedido oficial para reivindicar sua soberania sobre mais de 1 milhão de quilômetros quadrados do Ártico, considerando que anos de pesquisas provam seu direito aos ricos depósitos de minerais que existem sob aquele oceano.
O pedido formal, apresentado ante a Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU, estipula que, segundo as pesquisas científicas realizadas, a Rússia tem direito a 1,2 milhão km2 adicionais da plataforma ártica.
Este território incluiria o Polo Norte e pode dar a Moscou o acesso a 4,9 bilhões de toneladas de hidrocarbonetos, de acordo com as estimativas do governo.
O Ártico se converteu em palco de tensões internacionais, com vários Estados exigindo sua soberania sobre o fundo do mar, que acredita-se que seja rico em minerais e hidrocarbonetos.
As atuais leis internacionais dizem que um país tem privilégios econômicos exclusivos sobre a placa situada em um raio de 200 milhas náuticas ao redor de sua costa.
Na reivindicação da Rússia estão incluídas as cristas de Mendeleyev e de Lomonósov, também reivindicadas por Dinamarca e Canadá. Moscou argumenta que ambas dorsais oceânicas, assim como o Polo Norte, formam parte do continente euroasiático.
A Rússia exigiu o território pela primeira vez em 2001, mas as Nações Unidas pediram que fornecesse provas científicas de sua reivindicação.
Desde então, os investigadores russos realizaram várias expedições no Ártico, a última delas em outubro.
O ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, disse que a entrega da petição à ONU tinha caráter prioritário e esperava que fosse revisada pela Comissão de outono.
O interesse do presidente Vladimir Putin por esta zona aumentou nos últimos anos e o governo russo estabeleceu uma comissão especial para o desenvolvimento deste território. Também enviou paraquedistas e na semana passada anunciou que revisaria sua doutrina de transporte para se concentrar no mar Ártico.
AFP

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