quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

C9: “sugestões de melhoras” para a Secretaria de Estado e para a Congregação do Culto Divino

Na décima terceira reunião dos cardeais, destaque para a “sinodalidade” e para a “leitura conclusiva” dos dois novos dicastérios: o de Leigos, Família e Vida e o de Justiça, Paz e Migrações
Noel
ZENIT - HSM
O pe. Federico Lombardi falou brevemente, hoje, sobre a também “breve” reunião de fevereiro do C9, a primeiro de 2016 e décima terceira desde a instituição do conselho de cardeais criado pelo papa Francisco para delinear a reforma da Cúria. Eles se reuniram nesta segunda-feira, 8 de fevereiro, de manhã e à tarde, e na manhã de terça, sempre na presença do papa. Com a missa desta Quarta-Feira de Cinzas e o envio dos Missionários da Misericórdia, não teria sido possível continuar os trabalhos.
Os nove cardeais concelebraram com o papa a missa desta manhã para os frades capuchinhos no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro. Em particular, como capuchinho, o cardeal O’Malley foi o “primeiro concelebrantes”. Esteve ausente o cardeal Oswald Gracias, devido a uma operação cirúrgica já marcada desde dezembro.
O trabalho do conselho se concentrou no tema da “sinodalidade”, tema que o Santo Padre tinha trazido à luz em seu discurso do 50º aniversário do Sínodo dos Bispos, em 17 de outubro, recordando “a necessidade de uma saudável descentralização”.
Os cardeais aprofundaram e desenvolveram extensivamente a temática como “referência importante para o trabalho de reforma da Cúria”.
Era esperada alguma ação concreta – como uma nomeação – para os dois novos dicastérios, o de Leigos, Família e Vida e o de Justiça, Paz e Migrações. O C9, no entanto, se limitou a uma “leitura final” das propostas já feitas em sessões anteriores, finalizando-as e confiando-as ao Santo Padre para as suas decisões, disse Lombardi.
Ainda devem aprofundar-se questões legais e disciplinares sobre a competência de dicastérios da cúria, mas na agenda dos cardeais conselheiros foram marcados outros dois ofícios: a Secretaria de Estado e a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Trata-se de “reuniões e considerações, propostas de melhorias e assim por diante”, comentou o pe. Lombardi.
O trabalho dos cardeais, disse o jesuíta, “segue um procedimento circular”: numa primeira rodada, foram analisados todos os dicastérios; em seguida, foi recolhida a informação e feitas as propostas sobre as áreas “mais maduras” para a tomada de decisões. O resto são “considerações internas que ainda não foram compartilhadas com os responsáveis pelos dicastérios”.
Neste dia e meio de encontro, intervieram o cardeal Sean O’Malley, que informou sobre as atividades da Comissão para a Proteção de Menores, atualmente na berlinda por causa do desligamento de Peter Saunders, e o cardeal George Pell, que informou sobre o estado e a aplicação das reformas econômicas por parte dos diversos organismos que trabalham “de forma contínua” neste campo.
O Tribunal da Rota Romana apresentou documentação informativa para a reforma do processo canônico sobre a nulidade matrimonial: trata-se de uma espécie de “manual” enviado às várias dioceses e que provavelmente não será tornado público por ser instrumento de trabalho dos envolvidos.
As próximas reuniões do C9 em 2016 estão marcadas para 11-13 de abril, 6-8 de junho, 12-14 de setembro e 12-14 de dezembro. Zenit

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