quarta-feira, 27 de abril de 2016

Trump e Hillary dominam primárias nos EUA

Donald Trump vence em cinco estados e Hillary Clinton domina três nas últimas prévias.
Trump e Hillary estão muito perto de conseguir a indicação dos seus partidos
Trump e Hillary estão muito perto de conseguir a indicação dos seus partidos
O republicano Donald Trump venceu nos cinco estados que realizaram primárias na terça-feira e a democrata venceu quatro disputas, o que aproximou os dois ainda mais da candidatura de seus partidos às eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidodo.
O pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump venceu as primárias nos estados da Pensilvânia, Maryland, Connecticut, Rhode Island e Delaware, enquanto Hillary Clinton ganhou em Maryland, Delaware, Pensilvânia e Connecticut. Clinton perdeu para o senador Bernie Sanders apenas em Rhode Island.
Trump e Hillary Clinton são os francos favoritos para conseguir a indicação de seus partidos à eleição presidencial de novembro. Matematicamente, Hillary e Trump não ultrapassaram nesta terça-feira a maioria necessária de delegados para obter a indicação de seus partidos, mas deram mais um passo em direção a sua meta.

Nocaute

Após as cinco vitórias, Trump afirmou já se sentir como o "indicado" do partido Republicano para as eleições presidenciais de novembro. "Esta foi, para mim, a maior das noites. Já me considero o indicado, absolutamente. O senador (Ted) Cruz e o governador (John) Kasich deveriam abandonar suas campanhas. Não têm mais um caminho para vencer. Agora devemos pensar no partido Republicano". "A melhor maneira de vencer o sistema é com noites como esta (...), quando um boxeador leva o outro ao nocaute e não tem que esperar pela decisão" dos juízes.
A seis semanas do fim das disputas internas, o magnata acredita que chegará "muito facilmente" aos 1.237 delegados necessários para declarar vitória absoluta na convenção republicana, que acontecerá de 18 a 21 de julho em Cleveland.
Toda a estratégia de seus rivais se concentra em deter a qualquer custo Trump antes que ele alcance a marca necessária. O objetivo final é provocar um cenário que não é visto desde 1976: uma convenção "aberta", na qual os delegados deverão votar, quantas vezes for necessário, até designar um candidato por maioria absoluta. Até esta terça, Trump somava 846 delegados, segundo a rede CNN.
Entre os republicanos, o senador Ted Cruz e o governador de Ohio, John Kasich, anunciaram uma "aliança" para impedir que Trump consiga o número mínimo de delegados. Segundo o surpreendente acordo, Kasich não fará campanha em Indiana, que vota em 3 de maio, e Cruz devolverá o favor depois no Novo México e Oregon para tentar tirar vitórias de Trump nestes estados.
Trump, que denunciou um sistema de designação de delegados manipulado, respondeu ao acordo entre Cruz e Kasich com sua habitual retórica incendiária, acusando a dupla de montar uma estratégia desesperada descrita por ele como um conluio. "Se uma pessoa faz coluio nos negócios ou no mercado de ações, a colocam na prisão. Mas na política, porque é um sistema distorcido e uma empresa corrupta, permitem que ela faça isso", disse Trump na segunda-feira em Rhode Island.
No Twitter, Trump afirmou nesta terça que o acerto entre Cruz e Kasich "é uma piada que não funcionou, não foi respeitada e está praticamente morta. Algo muito estúpido". O magnata nova-iorquino expressou confiança de que vencerá a disputa "no primeiro round", evocando uma vitória por nocaute. "É a única coisa que nos importa", disse.
Sanders não desiste
Na Filadélfia, onde o Partido Democrata realizará sua convenção de 25 a 28 de julho, Clinton se mostrou confiante em obter o apoio dos eleitores de Sanders "para unificar o nosso partido e vencer esta eleição" presidencial. "Há muito mais coisas que nos unem do que coisas que nos dividem", disse Clinton fazendo um apelo aos democratas, independentes e até republicanos para enfrentar "candidatos do outro lado que ameaçam direitos e colocam uns contra os outros".
Clinton já tem mais de 2 mil delegados, contra apenas 1.300 de Sanders, segundo a rede CNN, que inclui os 500 chamados "super-delegados" (funcionários e figuras do partido). São necessários 2.383 delegados para garantir a indicação democrata.
No lado democrata, a vantagem da ex-secretária de Estado aumenta as pressões no partido para que o senador Sanders jogue a toalha. A decisão liberaria Hillary para se dedicar à segunda e decisiva fase da corrida pela Casa Branca. Sanders já antecipou que não pretende interromper sua campanha pelo menos até as primárias de Califórnia, previstas para 7 de junho.
Em um comício na Virgina Ocidental, o senador não fez qualquer menção a uma desistência da candidatura."Quase todas as pesquisas nos mostram vencendo Trump", disse o senador por Vermont, convencido de que sua mensagem anti-sistema e anti-Wall Street deve ter espaço no programa do Partido Democrata

AFP

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