Nicolás de Cárdenas
Karen Swallow / Foto: Facebook Karen Swallow
MADRI, 13 Dez. 17 / 05:00 am (ACI).- Durante 10 anos, pelo menos um dia por semana, Karen Swallow se dedicou a ajudar as mães que queriam abortar. Ela calcula que viu cerca de 2.500 mulheres entrarem em lugares que praticam abortos. Uma dessas mulheres que ela ajudou, 20 anos depois enviou-lhe uma mensagem de agradecimento.
Karen Swallow é uma mulher que durante 10 anos, sem faltar o seu compromisso, ia uma vez por semana na porta de uma clínica abortista ajudar as mulheres que pensavam em acabar com a vida dos seus filhos antes de nascer.
Ela calcula que, deve ter visto cerca de 2.500 mulheres, entre elas conseguiu ajudar algumas a seguirem em frente e a valorizar a vida dos filhos sem renunciar à maternidade, independentemente das circunstâncias difíceis que viviam.
Em muitas ocasiões, os voluntários não sabem como terminam as histórias das pessoas que eles atendem. Muitas vezes, nunca mais recebem informações sobre se aquela menina ou aquela mulher finalmente abortou ou não.
Essa incerteza é descoberta quando há casos que, de maneira quase milagrosa, alguns anos depois, quando inadvertidamente somos conscientes dos frutos que surgiram de uma ação constante e paciente no passado.
Isso aconteceu com Karen através da sua conta de Facebook. Ela descreve o momento como “uma tarde de domingo preguiçosa” na qual recebeu a seguinte mensagem:
“Com certeza você não deve lembrar de mim. Eu te conheci há 20 anos, na porta de Women Services en Main St. Eu tinha apenas 15 anos. Você salvou a vida do meu filho. Eu estava sozinha, para começar o procedimento de dois dias. No primeiro dia da possível ‘terminação’, me disseram para que esperasse em casa e que voltasse no dia seguinte para completá-la.
Entretanto, naquela noite eu senti o meu filho se mexer. No dia seguinte, estava a caminho do local, eu te conheci... Acho que você leu algumas escrituras para mim e explicou outras opções. Então eu decidi continuar com a minha gravidez. Naquele dia você me levou para a casa e você nunca saiu do meu lado, você me levou à sua igreja e me colocou em contato com várias agências (que ajudavam mulheres grávidas).
Você realmente foi uma benção para mim. Hoje o meu filho tem quase 20 anos, está começando a estudar o segundo ano na universidade. Eu sinto falta dele, é a melhor coisa que aconteceu na minha vida”.
No seu relato pessoal publicado no ‘Christianity Today’, com a permissão da outra protagonista desta história, Karen explica que teve que revisar as suas anotações no seu diário para recordar o momento no qual se conheceram.
Mas ao mesmo tempo reconhece que “muitas vezes, nesses casos, quando o bebê nasce, nem sempre as mulheres se sentem abertas com os outros para falar da decisão que quase tomaram”. De qualquer maneira, um ano e meio depois, Karen mudou de Estado e perderam a comunicação.
“Ela nunca esqueceu de mim”.
Karen continuou a sua vida sem lembrar desta mulher. “Entretanto, ela nunca esqueceu de mim”, confessa. Nas mensagens posteriores, quando se comunicaram novamente, ela confessou que antes de encontrá-la, começou a segui-la durante algum tempo nas redes sociais sem interagir, até encontrar forças para entrar em contato.
“Você sempre teve um lugar no meu coração”, disse, enquanto explicava como foi ser mãe solteira e como ela conseguiu que o seu filho estudasse o ensino médio e agora pudesse estar em uma universidade privada.
Karen reflete sobre a maneira que esta história voltou para a sua vida. “Para a maioria de nós, é humano querer saber que de alguma forma fizemos uma diferença, e, entretanto, a maioria das coisas importantes na vida exigem que esperemos muito antes de ver alguma evidência”, expressou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário