Padre Geovane Saraiva*
O Papa vem ao
nosso encontro, pelo sugestivo convite no referido documento, desejando “fazer
ressoar mais uma vez o chamado à santidade, procurando encarná-la no contexto
atual, com riscos, desafios e oportunidades (...) para sermos santos e íntegros
diante dele, no amor” (Ef 1, 4). No chamado à santidade está a essência de
Deus, em Jesus, que vem ao nosso encontro e quer nossa participação. E, de
acordo com o Santo Padre, quer que permaneçamos unidos a Ele, assegurando-nos
ser o Senhor da vida e da História, revelando-se na vida oculta, na vida
comunitária, na proximidade aos últimos, na pobreza e em outras manifestações
da sua doação por amor.
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza geovanesaraiva@gmail.com
A salvação é presente de Deus, em Nosso Senhor Jesus
Cristo, com a realização de todas as esperanças humanas. É a alegre gratidão de
se experimentar a Páscoa do Senhor, tendo como eixo o amor infinito de Deus, conforme disse o Papa
Francisco na sua recente exortação apostólica, "Gaudete et
Exsultate", sobre o chamado à santidade no mundo atual. O Papa não deixa
dúvida: “A santidade é o rosto mais belo da Igreja, o chamado à santidade, que
o Senhor faz a cada um de nós, o chamado que dirige também a ti: 'sede pois santos,
porque eu sou santo'" (Lv 11, 45; 1 Pd 1, 16). Nosso Deus é solidário e
próximo do seu povo. Ele quer entrar na vida daqueles que abraçam o mandamento
maior, que buscam respeito, acolhida e compreensão solidária.
A santidade entendida como dom, dentro do projeto de Deus,
significa abraçar a missão e romper com o comodismo, na busca de novos
caminhos, vencendo obstáculos, ultrapassando barreiras. É acolher o convite
feito pelo próprio Deus: o de dar continuidade à sua missão, obediente à sua
irrecusável voz e indescritível mistério de amor. Amor este, à luz da esperança
cristã, que não é sinônimo de ilusão, mas que revela ideia de justiça e vida
para todos, na vinda definitiva de Deus, convencendo-nos da plenitude do homem
e do mundo, quando, pela assertiva de Dom Helder, “entregamo-nos, de verdade,
nas mãos do Senhor, o grande silêncio nos mergulha na paz, na confiança, na
alegria”.
Deus é amor, causa e razão de nosso viver, na alegre
confiança de quem o descobriu, o reconheceu e o acolheu como tesouro mais precioso, capaz de satisfazer a existência humana. Que nossa resposta ao mistério da
revelação de Deus na História, vindo ao mundo por meio de Maria, uma mulher
simples, humilde e pobre, nos ensine a verdadeira alegria, na doação generosa e
no oferecimento da própria vida. Amém!
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza geovanesaraiva@gmail.com
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